quinta-feira, 9 de abril de 2015

Relações interpessoais no trabalho.

O que você sabe sobre a pessoa que trabalha ao lado? Conhece alguma coisa sobre ela, seus sentimentos, suas aspirações, seus gostos, seus hobbies? Sabe algo sobre as questões que a incomodam? E quanto as suas qualidades? É capaz de identificar algumas?
Observe que ao seu lado tem alguém que, da mesma forma que você, tem questões pessoais que impactam na maneira de ser, agir e se relacionar. Que esta pessoa pode ser um pai de família com dificuldades em lidar com os filhos, uma mãe ou esposa passando por um período de provas, um jovem perturbado e confuso pelo momento crucial de escolhas, sem falar em possíveis problemas de saúde com familiares próximos.
Pois é, parece que quase nada sabemos sobre isso, indicando que damos pouca importância para os relacionamentos com pessoas que trabalham conosco, simplesmente por estarem lá por conveniência da situação, já que na maior parte das vezes não podemos escolher quem deve ou não ficar ao nosso lado.
Uma pena, pois estamos deixando de ver que por traz desta pessoa considerada por nós somente como parceiro de trabalho, pulsa um ser que também tem questões que ultrapassam os muros da corporação, que provavelmente podem estar influindo na relação e nos resultados das tarefas. Esta maneira fria de se relacionar, nos leva a olhar o outro de forma superficial, valorizando somente aquilo que vemos. Agindo assim corremos o risco de fazer mau juízo, tirar conclusões precipitadas e quase sempre erradas.
Agora pergunto: embora estejamos cansados de ouvir de vários pragmáticos do segmento corporativo, de que o ideal é sabermos separar questões pessoais das questões do trabalho, quem efetivamente consegue? Quem consegue se manter “frio” e emocionalmente equilibrado durante o expediente, como se nada estivesse acontecendo no seu ambiente familiar, como se sua vida além dos muros  andasse as mil maravilhas, ou simplesmente não existisse?
Afinal de contas não somos robôs, não somos máquinas programadas para trabalhar com autocontrole de sentimentos ajustados para cada tipo de ambiente. Somos seres humanos com necessidade de ser acolhidos, compreendidos e considerados como tal. E se você concorda e se coloca nesta posição, de que necessita deste tipo de relacionamento, esteja preparado para também oferecer.
Conhecer melhor sobre o outro lhe ajudará a ser mais tolerante, compreensivo, solidário. Acima de tudo lhe permitirá observar qualidades que normalmente não são vistas nem sentidas, devido principalmente pela forma egoísta de se relacionar.
Faça isso e veja os resultados, não somente na melhoria da qualidade das tarefas que compete a cada um, mas principalmente na condição de transformar a relação pessoa x trabalho muito mais harmoniosa e saudável. Considere que na maior parte das vezes passamos mais tempo próximo de colegas de trabalho do que da nossa própria família. Sendo assim, porque não transformar esta convivência mais prazerosa.
Quando falamos de relacionamentos com quem está ao lado, considere não somente as relações no trabalho, mas também nas suas atividades sociais, na sua atuação como voluntário, na escola, na família, seja em que ambiente for, preste atenção em quem está ao seu lado e seja feliz.


SP 03/04/2015

Augusto Amaral Dutra.
Psicólogo Clínico. Fone (11) 9 9933 5486
facebook – Augusto Amaral Dutra


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