quinta-feira, 9 de abril de 2015

E o que você fala?

E o que você fala?
Você é daqueles que gosta de contar um caso, um fato, falar sobre alguém ou então, usando um termo mais comum: gosta de uma fofoca?

Algumas pessoas até se preocupam com aquilo que vê ou ouve na TV, no rádio, etc. Tem até mesmo o cuidado em recusar programas que possam trazer algum vicio ou um mau estímulo, mas por outro lado ficam totalmente descuidados quando se tornam o próprio divulgador.

Já analisou sobre as consequências criadas por você toda vez que conta algo, leva adiante um assunto, um relato? Simplesmente fala o que vem na ideia, solta o verbo sem se preocupar com o resultado daquilo que está falando ou contando.

Acontece que para toda ação existe uma reação. Se o tema é bom e construtivo você cria ao seu redor um campo de energia condizente com sua fala, envolvendo inclusive aqueles que estão a sua volta, favorecendo a construção de recursos reconfortantes que contribuem para o bem estar e harmonia de todos.

Mas por outro lado, se esta fala contiver: maledicências, reclamações exageradas, desânimo, tristeza e outros mais, estarão criando também energias, porém tão pesadas quanto o tema que está transmitindo.

Desta forma as consequências estarão presentes, causando muito mais prejuízo a você e aqueles que estão em sua sintonia. Perceba como seu organismo reage sempre que faz isso e verá quanta alteração ocorre em momentos como este. Infelizmente ainda não nos damos conta de como isso nos afeta. Às vezes utilizamos as horas sagradas das refeições para falar mal de alguém ou reclamar de algo, criando uma sintonia de stress que faz a comida “descer atravessada”, isto é, com risco até mesmo fazer mal ou então não permitir que estes momentos sejam mais bem apreciados.

É preciso compreender o provável sentido deste comportamento, pois talvez você esteja despejando em outra pessoa seus sentimentos de medo, inveja, ciúme e até mesmo recalques por aquilo que deixa de ter. Neste momento esta dando vazão aos seus sentimentos mais baixos, e porque não dizer sórdidos, sem se preocupar com o resultado ou consequências daquilo que fala.

Em situações como esta, a única preocupação em mente é manter a conversa, chamar a atenção para si mesmo sem se dar conta de que esta fala contém uma energia que pode ser boa ou ruim e que atinge a todos os envolvidos no tema.

Pense um pouco mais sobre isso e seja rigoroso com você mesmo na hora de manter ou estabelecer um diálogo. Avalie se é um tema construtivo, se contribui para aumentar a esperança, a fé e o sentido de viver, ou então se simplesmente contém o peso dos seus defeitos e recalques, cujo objetivo é somente disseminar a discórdia, o desentendimento, sem falar nas tristezas e contrariedades que podem ser geradas a partir da sua fala.

Da próxima vez que for contar algo, um fato ou tema, procure estabelecer uma análise tal qual aquela atribuída por alguns a Sócrates, o filósofo Grego. Segundo conta a história é de sua autoria a sugestão de verificar antes se o tema que se pretende contar atende os três crivos: Bom, Útil e Verdadeiro.
Sendo assim, se o que tem a contar não for nem Bom, nem Útil e nem Verdadeiro, esqueça e mude de assunto.
SP 27/02/2015

Augusto Amaral Dutra.
Psicólogo Clínico. Fone (11) 9 9933 5486
facebook – Augusto Amaral Dutra


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