terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Diga sim para o passado



Diga sim para o passado.

Na maioria das vezes ainda não nos damos conta de que o que nos incomoda nos angustia e nos mantém constantemente em desarmonia com nós mesmos e também com as pessoas do nosso convívio, são as discórdias por qual passamos no passado.
Quando olhamos para trás notamos que ainda temos ressentimentos com nossos pais, parentes, amigos, esposa (o), filhos etc. São pessoas que um dia nos trouxeram um dissabor ou desentendimento, nos magoaram ou causaram algum tipo de dano, seja ele físico, mental ou até mesmo material.
Sempre que recordamos o fato, parece que as cenas se reconstroem a tal ponto de se tornarem verdadeiras. Como se tudo estivesse acontecendo naquele exato momento. Desta forma os sentimentos se reavivam e na medida em que isso acontece, voltamos a sentir raiva, ficamos ruborizados, pois o sangue se concentra nas regiões que mais necessitam de proteção. O coração dispara para dar conta desta necessidade e a mágoa, aquele sentimento que ainda nos persegue se aflora novamente, nos deixando inquietos e mal humorados.
Dizer sim ao passado é procurar entender e relevar a cada uma destas lembranças que ainda nos causam dor. Parece uma tarefa fácil, mas exige acima de tudo um exercício de compreensão e tolerância para com o próximo.
E porque as pessoas nos ferem? Porque nos magoam? Muitas das vezes são pessoas que teriam por obrigação nos amar e nos prover de atenção e carinho, mas nem sempre acontece desta forma.
Neste momento da reflexão, olhe para traz e procure compreender que se o outro agiu daquela forma é porque naquele momento, para ele, era o melhor que podia fazer. Não tinha como ser diferente, pois naquele instante, era daquela forma que pensava e às vezes o fazia sem imaginar que pudesse estar fazendo algum mal. Simplesmente agia, mandava, retaliava, punia, proibia ou qualquer outro ato nos deixando contrariados. Atuava impulsionado pela vontade de prevalecer a sua verdade e ainda revestido da imperfeição a qual todos nós estamos sujeitos e que ainda não nos livramos por inteiro.
Dizer sim ao passado nos permite procurar compreender que um dia, fomos contrariados por alguém que ainda não era perfeito e que tudo o que fez, o fez de maneira consciente levando-se em consideração a carga de conhecimentos e valores de que dispunha naquela época.
Não se pode exigir de ninguém que faça aquilo que não está ao seu alcance. Não podemos exigir de uma criança que tenha comportamentos de adulto, pois ainda não faz parte do seu repertório, seja por inaptidão seja porque ainda não aprendeu.
Se conseguirmos enxergar nosso desafeto desta forma, estaremos dando um enorme passo em busca da compreensão e da tolerância. Procure entender que esta marca que trazemos do passado é fruto de um momento inconsequente e visto desta maneira, deixará de nos representar um trauma registrado em nossa mente que ainda nos faz mal. Olhar para traz com piedade e sem ressentimentos nos faz mais livres quanto aos nossos sentimentos, nos liberando para olhar para frente em busca daquilo que realmente nos satisfaz e faz bem.
Que o passado seja somente uma fonte de lembranças e aprendizado deixando de ser algo que nos incomoda para se tornar um marco que nos ajudou a crescer.
Falando ou escrevendo desta forma, em principio parece um exercício fácil de realizar, porém vai exigir de nós um elevado grau de maturidade e reflexão, mas que sem sombra de dúvidas na medida em que avançarmos nestes sentimentos mais estaremos preparados para não mais sofrer ou nos incomodar com as marcas que ficaram para trás.



Sp 22/12/2014

Augusto Amaral Dutra.
Psicólogo Clinico, com especialidade em atendimento de jovens, adultos e casais.
Fone: 9 9933 5486

domingo, 30 de novembro de 2014

Relatos da experiência de psicólogos que realizam atendimento clínico domiciliar - TCC 2014



Relatos da experiência de psicólogos que
realizam atendimento clínico
 domiciliar

Resumo
Este artigo apresenta os dados de uma pesquisa de campo, com caráter descritivo, que questionou seis psicólogos que realizam atendimentos domiciliares, sobre as características das demandas com as quais se deparam e como as enfrentam, e se a formação recebida ofereceu subsídios para as intervenções que realizam. O perfil dos participantes e seu percurso profissional foram identificados por meio de um questionário, e para o levantamento sobre a prática clínica foi utilizada a técnica de entrevista. Os dados sobre o perfil e formação são apresentados em tabela e o conteúdo das entrevistas, que foram gravadas e transcritas, foi analisado segundo a técnica de análise de conteúdo.  Os relatos destacam os cuidados especiais adotados no setting terapêutico, no sentido de se resguardar a privacidade do atendimento, e enfatizam a necessidade de que os psicólogos que se dedicam a esse tipo de atendimento adotem uma postura mais flexível. Em atendimentos domiciliares, os profissionais adéquam suas intervenções ao ambiente do paciente, às suas particularidades e até mesmo orientam as influências de familiares buscando sempre o bem-estar dos pacientes. Todos os profissionais destacaram a necessidade de um preparo específico durante a graduação ou uma especialização como fatores fundamentais para uma prática responsável.
Palavras chave: Intervenções clínicas, técnica psicanalítica, setting.

Autores:
Augusto Amaral Dutra e Helena Patricia Oliveira de Brito

augustodutra@terra.com.br, helena.brito12@gmail.com


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