quinta-feira, 30 de abril de 2015

Controle seus nervos.

Controle seus nervos.

Você já se viu irritado a ponto de cometer atos que o fazem se arrepender depois? Quantas vezes se deixou envolver numa discussão e de repente, em uma fração de segundos, perde o controle de si mesmo? Nestes momentos de insanidade você grita, reclama, xinga e até mesmo parte para agressividade que consequentemente o leva ao arrependimento?
Em ocasiões como esta, ao menor sinal de contrariedade, algumas pessoas perdem o autocontrole, a noção do espaço e até mesmo da realidade. Esta contrariedade as leva a contra atacar e tentar mostrar a todo custo a sua razão e o seu direito, se utilizando dos recursos mais sórdidos, desde a palavra que ofende até mesmo a força física que agride e humilha. Essas pessoas ficam cegas, para tudo que está a sua volta e para elas só existem uma verdade, só existem uma razão: a delas mesmas. Isso sem falar naquelas que acostumam quebrar objetos, depositando sua raiva em algo que não consegue se manifestar e muito menos se defender.
Mas como tudo passa, após algum tempo, os ânimos se acalmam, a raiva diminui ou simplesmente vai embora. Começa então a contagem dos prejuízos, vendo que tudo aquilo que quebrou tem que ser concertado ou simplesmente descartado. Puro prejuízo. Mas o agravante mesmo é quando, tem pessoas envolvidas nessa agressão, onde o estrago que se faz é imensurável trazendo então inúmeros prejuízos de relacionamento, deixando marcas que dificilmente podem ser apagadas.
O que leva alguém a se comportar desta maneira? Sem sombra de dúvidas trata-se de orgulho ferido agravado pela fragilidade no controle dos sentimentos, levando o individuo a tentar convencer o outro da sua verdade, da sua razão, utilizando-se de um recurso primitivo que conhece: o ataque. Não consegue admitir em hipótese alguma que o outro também tem o seu valor, o seu jeito de ser e até mesmo a sua verdade que deveriam ser considerados.
Como manter então o controle para que isso não aconteça, para que se possa ter uma postura digna de um ser civilizado que tem por principio viver em sociedade.
Comece prestando um pouco mais de atenção as consequências de cada ato, de cada atitude que costuma tomar. Verá que muitas delas não contribuem para resolver nenhum tipo de problema, pelo contrário, colaboram para aumentar o desentendimento e a discórdia.
Em seguida pense melhor sobre suas razões, sobre a sua verdade e considere: Será que não existe a possibilidade de o outro também ter a sua razão? Ele também não tem direito de pensar de maneira própria, de maneira diferente?
Procure se colocar na posição dele e pondere que é possível existir muitos motivos para que tenha pensamentos e sentimentos diferentes do seu: personalidade distinta, gostos, formas de ver e de sentir, inaptidão para a tarefa, falta de conhecimento, etc. São motivos que devem ser considerados e acima de tudo respeitados.
Não se considere o dono da verdade, pois não podemos negar que são muitas as verdades que nos rodeiam. Dependendo do nosso ângulo de visão e da posição em que nos encontramos podemos nomear algumas que não são partilhadas pelo outro. Sendo assim cabe a nós respeitar, considerar e ponderar que o outro também merece  consideração.
Se a questão exigir, seja paciente e tenha por principio substituir a agressão pela disposição em ajudar, construir e valorizar sua relação com todos aqueles que estão a sua volta. Da próxima vez em que se ver envolvido em uma situação como esta, de discordância ou de contrariedade, pense nas consequências, feche a boca, morda a língua e evite responder antes de amadurecer as ideias. Busque um autocontrole que permita respostas e ponderações sensatas, que tenham por principio construir e não simplesmente fazer valer uma opinião.
Tente isso e verá que suas relações podem ser muito mais prazerosas quando são partilhadas com respeito e consideração. No mais, seja feliz!


SP 30/04/15

Augusto Amaral Dutra.
Psicólogo Clínico. Fone (11) 9 9933 5486
facebook : Augusto Amaral Dutra

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