quinta-feira, 28 de março de 2024

Meus pais envelheceram

Eis que você olha para eles e percebe que seus pais já não têm a mesma vitalidade e energia de antes. Estão envelhecendo.

Encarar essa realidade não é fácil, principalmente diante de alguns desafios que não podem ser ignorados e de alguns caminhos - naturais e inevitáveis - que devem ser percorridos.

No início do século XX, a expectativa de vida no Brasil era de pouco mais de 33 anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida em 2015 era de 75 anos, tendo aumentado desde então para pouco mais de 77 anos.

Portanto, envelhecer é um processo irreversível. Mas aceitar isso é difícil quando se trata dos nossos pais - aqueles seres que ainda habitam nosso íntimo com a visão infantil de que são invencíveis e, muito provavelmente, eternos.

Nessa fase, algumas perdas são inevitáveis, sejam físicas, sensoriais ou cognitivas. Podem surgir limitações e até mesmo ocorrer a inversão de papéis: quem sempre cuidou, agora precisa receber cuidados.

É preciso se preparar emocionalmente para aceitar com disposição, flexibilidade e, acima de tudo, amor inabalável, os papéis que serão distribuídos a todos, nessa nova etapa, cheia de espirais de emoções. É um tempo para perceber que, independentemente de como tenha sido a sua infância, seus pais precisam de cuidados e dedicação.

Para isso, é necessário evitar (ou até ignorar) os eventuais embates que a relação possa ter sofrido no passado. Todo calor nesta fase deve ser gerado pelo afeto, não pelo atrito.

A psicoterapia pode ser muito benéfica, tanto para os pais idosos, quanto para os filhos já adultos. Encarar a realidade com aceitação e estabelecer formas de lidar com ela de forma saudável e natural. E, principalmente, pode ajudar a criar uma fase plena de afeto, permeada por um amor que não conhece o tempo e que, por isso, nunca há de envelhecer.

Nossos psicólogos

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sexta-feira, 15 de março de 2024

Criança Interior Ferida


A Psicologia sabe muito bem que aquilo que vivemos em nossa infância, principalmente até os 7 anos, nos impacta por toda a vida. Feridas emocionais que tenham ficado abertas naquela fase precisam ser "fechadas", pois elas podem, sim, definir muitos dos nossos pensamentos, emoções e ações, na fase adulta.

As emoções dessa criança que fomos um dia permanecem vivas em algum lugar do subconsciente. Em algum lugar interno, elas continuam sendo as mesmas emoções reprimidas, necessidades não satisfeitas, medos, perdas, formas de reagir diante de certos acontecimentos e até mesmo nossa resiliência e capacidade de lidar com problemas.

Essas feridas podem se manifestar por tempo indeterminado, até que tenhamos a ação consciente de deixá-las partir, ir embora. Enquanto isso não ocorrer, podemos seguir repetindo, como adultos, os mesmo padrões ainda ditados pelas dores da nossa criança ferida.

Pais carregam seus próprios traumas não resolvidos. Pode ser difícil modular alguns comportamentos e emoções, que podem permanecer nos filhos, interferindo em sua autoimagem e na visão que têm do mundo. A criança pode acabar repetindo sistematicamente um estímulo negativo, fazendo com que essa estrutura psíquica ferida permaneça, mesmo depois de adulta - e de forma cíclica, com seus próprios filhos.

A psicoterapia é uma importante facilitadora em um processo de acolhimento e transformação, que ajuda a olhar para a dor da criança ferida com coragem, enfrentamento e ação. O objetivo é dar lugar a um adulto livre para fazer suas próprias escolhas, com maturidade e autorrespeito.

É preciso guardar essas lembranças da infância em um lugar reservado para elas, sem negá-las, mas também sem permitir que ocupem demasiado espaço em uma vida que, inevitavelmente, caminha para a frente. A psicoterapia pode ser o primeiro passo.

 

Nossos psicólogos

 

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Você é o responsável por suas escolhas e deve saber que é preciso dedicação e empenho para fazer a sua parte. Não transfira suas responsab...