segunda-feira, 22 de julho de 2024

Medo de Ser Feliz

Pode ser difícil de acreditar, mas existem, sim, pessoas que sentem pavor de se sentirem felizes ou de qualquer coisa que lhes traga alegria. Esse é um distúrbio de ansiedade cada vez mais comum, ao qual se deu o nome de Querofobia.

A origem da palavra vem do grego, em que "chero" significa "alegre" e "phobia" significa "medo". Ou seja, a Querofobia é o medo muito intenso de se sentir alegre. Quem sofre com a querofobia evita se relacionar ou se expor a situações que possam gerar contentamento.

Para pessoas com este distúrbio, a alegria amedronta mais do que dá prazer. A felicidade é encarada com desconfiança, pessimismo e até desprezo, diante da certeza de que ela traz consigo algo que vai dar muito errado a seguir. Diante disso, toda alegria é percebida como uma ameaça, um primeiro passo para uma infelicidade inevitável, logo adiante.

É importante destacar que esse não é só um sentimento negativo comum, mas uma fobia em si, com efeitos desproporcionais, muitas vezes incontroláveis, como a necessidade de fugir, ansiedade intensa, dores de cabeça, taquicardia, suor frio e outros sintomas, comuns à grande parte das fobias.

Geralmente a querofobia se manifesta em quem já experimentou, no passado, alguma dor ou situação traumática depois de um momento alegre. Conflitos na infância, punições severas após momentos felizes, entre outras situações, podem ser o gatilho para essa associação nociva e distorcida entre alegria e dor.

A psicoterapia pode ajudar a romper essa crença de que toda felicidade traz dentro dela um sofrimento. Isso envolve compreender seus padrões mentais e emoções, para que, no devido tempo, a dor seja desassociada dos eventos felizes e das emoções agradáveis.

Com o tratamento, é possível chegar-se à origem desse medo e trabalhar a aceitação de que emoções negativas também fazem parte da vida, sem que sejam sabotadoras do bem-estar e da própria felicidade.

 

Nossos Psicólogos

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quinta-feira, 11 de julho de 2024

Ninguém precisa ser só

Muitas vezes, precisamos de quietude e paz. Estar só, quando é uma escolha pessoal e temporária, pode até fazer bem.

Porém, quando se transforma em ausência de vínculos afetivos, pode surgir o temido sentimento de solidão - que não tem nada de positivo.

O ser humano precisa de vínculos sociais e afetivos - e a criação e nutrição desses vínculos não depende somente dos outros, mas também de você!

Veja alguns comportamentos que ajudam a evitar o espaço vazio e dolorido da solidão:

1. CONSTRUA NOVOS LAÇOS

Procure ambientes em que possa estabelecer novas conexões, como aulas e cursos, esportes em grupo, trabalho voluntário, rodas de conversa, entre outros. Apresente-se, seja agradável e abra-se para criar vínculos com quem têm os mesmos interesses que você.

2. APRENDA A SE DIVERTIR SÓ

Seja a sua melhor companhia! Faça programas agradáveis como ir ao cinema, fazer caminhadas, maratonar alguma série, aprender algo novo. Mais do que passar o tempo, isso ajuda você a se sentir bem consigo mesmo.

3. VISITE AMIGOS E FAMILIARES

Criar novos laços é importante, mas investir nos que já existem também é. Procure pessoas especiais em sua vida. Promova encontros e não perca a oportunidade de reconhecer e demonstrar afeto.

4. NÃO SE COMPARE!

Se você é uma pessoa mais introvertida ou tem um grupo mais restrito de amigos, não se preocupe! Cada indivíduo tem sua preciosidade! Comparar-se com os outros pode desvalorizar quem você é.

5. BUSQUE AUTOCONHECIMENTO

A psicoterapia, por exemplo, promove seu autoconhecimento, para que você se sinta em paz consigo mesmo e, no seu tempo, possa criar vínculos que estimulem sua autoconfiança e senso de pertencimento.

As convivências e trocas saudáveis que as boas relações oferecem são parte fundamental de uma vida emocionalmente saudável. Isso inclui saber que estar só não precisa ser sinônimo de desamparo, invisibilidade, nem de solidão permanente.

Nossos psicólogos

 

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segunda-feira, 24 de junho de 2024

Crises Familiares

É comum nos referirmos às famílias como se fossem "uma coisa só"; uma entidade com pensamentos, hábitos e gostos únicos. Mas nã
o é bem assim…

Famílias são grupos sociais plurais, formados por vários indivíduos únicos. Estes, sim, têm suas características singulares, como idade, temperamento, sexo, até posição hierárquica dentro do grupo.

A família é um núcleo vivo, complexo e cheio de dinâmicas. Embora geralmente exista parceria e compromisso, não é incomum que as ideias e atitudes dos seus membros gerem conflitos, que afetam as relações entre eles.

Muitas situações podem causar desconforto e motivar crises, como as dificuldades financeiras, dependência química, separações, adoecimento de um membro, desavenças com os filhos, rigidez excessiva dos pais, rótulos, entre outros.

Até mesmo notícias que geralmente seriam consideradas boas, como a chegada de um bebê ou a necessidade de mudar de cidade por uma promoção de emprego, por exemplo, podem gerar conflitos - já que nem todos os membros da família necessariamente vêem as situações da mesma forma.

Para gerenciar essas crises, um profissional de Psicologia pode ajudar a família, ou os membros que desejarem, a compreender os conflitos com maior clareza, sem as distorções causadas pelas emoções. Nas sessões de terapia familiar, os membros presentes podem compartilhar suas impressões em um ambiente neutro, que favorece o bom diálogo e a boa escuta.

Momentos de descontração em família, fora do foco da crise, também são importantes para diminuir o estresse e a ansiedade, sinalizando a disposição dos membros em para uma reaproximação.

Crises familiares devem ser gerenciadas, para que não tenham impacto maior, nem por mais tempo do que o necessário. Para isso, é importante que todos se envolvam e desejem o bem comum, compreendendo que aqueles familiares que pensam diferente devem ser respeitados e não necessariamente desejam romper os laços. Essa abertura ao diálogo gera proximidade e confiança - duas das características mais sólidas de uma família saudável.

 

Nossos Psicólogos

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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Compulsão Alimetar

Diante de uma comida muito gostosa, é normal sentir aquele impulso de comer um pouco mais. Mas a gula pode acontecer desde que seja um episódio, não um hábito. Ainda que seja aceitável de vez em quando, ela é algo bem diferente de uma compulsão alimentar.

Quando deixa de ser um episódio e vira um padrão de comportamento, o hábito de comer ininterruptamente ou sempre em grandes quantidades torna-se uma compulsão alimentar. Mesmo sem fome orgânica, há o desejo constante de comer, mesmo quando fisiologicamente a pessoa já esteja satisfeita.

Este é um problema diretamente ligado às emoções. Na mente de uma pessoa com compulsão alimentar, a comida está ligada a um tipo de "compensação": usa-se o alimento para "preencher" algum vazio emocional. É uma forma, muitas vezes inconsciente, de lidar com o estresse, ansiedade ou tristeza.

Tratar a compulsão alimentar requer acompanhamento profissional multidisciplinar. O psicólogo, por exemplo, ajuda a pessoa a compreender quais padrões mentais e emocionais são a base do comportamento compulsivo, para que possa ressignificar as dores e os vazios causadores dos quadros de estresse, ansiedade e depressão - que costumam estar no centro das questões ligadas à compulsão alimentar.

Médicos, nutricionistas e educadores físicos atuam nos cuidados com a saúde física, elaborando planos alimentares, medicamentosos ou propondo uma rotina de exercícios físicos, para manter o organismo em maior equilíbrio.

Para reduzir o problema, é imprescindível criar novos hábitos e estar atento aos próprios pensamentos e comportamentos. Por exemplo, procure diferenciar a fome orgânica da emocional. Tente identificar quais são os "gatilhos" que fazem você procurar a comida, mesmo quando não sente fome de verdade. Procure também alimentar-se a cada três horas, em pequenas quantidades.

Com comprometimento, autoconhecimento e a ajuda de bons profissionais, é possível voltar a comer de forma moderada: um bom sinal de que as emoções também estão mais equilibradas.

 

Nossos Psicólogos

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domingo, 26 de maio de 2024

Adolescentes X Pais

Assim que os filhos começam a amadurecer, deixando a infância e entrando na fase da adolescência, é natural que comecem a não concordar com muitas das opiniões e decisões dos pais.

É importante, porém, que os pais entendam que esse comportamento não é sinal de falta de amor, e sim uma característica bastante comum desta fase do crescimento.

À medida em que amadurecem, os filhos começam a perceber que o modelo dos pais não é o único que existe e que não obrigatoriamente precisa ser seguido com extremo rigor.

A manifestação dessas diferenças não é necessariamente ruim. Muito pelo contrário, demonstra que o jovem está fazendo reflexões, analisando pontos de vista, procurando seu espaço dentro da dinâmica familiar e construindo sua própria identidade.

Isto faz parte do amadurecimento. Aceitar que o adolescente tem seus próprios critérios - e os expõe - pode ser um desafio para os pais, mas, ao mesmo tempo, pode ser visto como uma demonstração de amadurecimento do jovem, mesmo que no futuro algumas dessas oposições se tornem menos intensas e suas ideias se tornem menos opostas às dos pais.

Porém, ainda que as diferenças possam ser aceitas com alguma naturalidade, é preciso estar atento para que elas não representem algum problema maior. Elas podem ser sinais de que a comunicação não anda bem, ou até mesmo de conflitos e descontentamentos que precisam ser investigados e trabalhados.

Demonstrar interesse pelo que o filho tem a dizer é abrir-se para a chance de olhar os mesmos temas sob outra perspectiva. Generalizar, ameaçar, gritar ou criticar excessivamente só aumenta as distâncias e levam a um território de discordância ainda maior.

Procure acolher e compreender, antes de julgar. Ouça com atenção. E tenha em mente que mesmo nas relações em que há amor, algumas vezes a ajuda de um profissional pode ser necessária e muito proveitosa.

A psicoterapia pode ajudar o jovem a lidar com esta fase de grandes mudanças, bem como auxiliar os pais na compreensão de que os filhos não precisam ser suas cópias para serem pessoas especiais.

Nossos Psicólogos

 

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segunda-feira, 6 de maio de 2024

Críticas em Excesso

Criticar os outros pode até ser uma iniciativa bem-intencionada de ajudar na correção de algum comportamento ou hábito. Mas, ao fazer uma crítica, é importante ter em mente que ela é feita com base não só em seus conhecimentos, mas também em suas crenças e estados emocionais. Por isso, elas nunca são 100% objetivas.

Críticas podem, sim, ser construtivas e servir de estímulo para o crescimento do outro. Mesmo assim, é preciso pensar antes de dizê-las, para que as palavras e os momentos certos sejam encontrados. É preciso também ter em mente que nem todos ouvem as críticas como você gostaria - especialmente se o tom não for adequado.

Todo mundo conhece alguém que faz críticas em excesso. São pessoas que habitualmente não expõem suas opiniões de forma cuidadosa ou racional. Costumam ter o olhar voltado para tudo que não é positivo no outro e, não surpreendentemente, têm também opiniões muito rígidas sobre si mesmas.

Muitas vezes elas não percebem o quanto podem ser inconvenientes nem o quanto suas falas são desproporcionais ao "problema" que desejam criticar. Para essas pessoas, geralmente só suas verdades são corretas.

Às vezes, até disfarçam as críticas com discursos de aparente bem-querer ou preocupação. Mas, na prática, o excesso de críticas torna a pessoa amarga e solitária - afinal, é desagradável conviver com quem "caça" defeitos para apontar no outro.

A falta de empatia demonstrada por este tipo de comportamento é sinal de que há uma fragilidade interna. O hábito de criticar em excesso é mais comum em pessoas com baixa autoestima, que não foram validadas ou apreciadas, e que projetam suas falhas e frustrações no outro. O apoio psicológico ajuda no resgate da autoestima, para que se possa encontrar o meio termo entre o olhar crítico e a empatia.

Ter uma relação saudável consigo mesmo é um importante para perceber que, mesmo que o mundo à nossa volta tenha defeitos, é necessário saber como e quando fazer comentários que, mais do que criticar, motivem o crescimento e melhoria, criando proximidade e respeito, em vez de agressão e distância.

Nossos Psicólogos

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segunda-feira, 22 de abril de 2024

Faça sua Parte

Você é o responsável por suas escolhas e deve saber que é preciso dedicação e empenho para fazer a sua parte.

Não transfira suas responsabilidades que são, indiscutivelmente, suas. Esteja disposto a melhorar, a aprender e a criar, permitindo que sempre exista convergência entre o que você quer e o que precisa ser feito. Esta missão não deve ser delegada à ninguém. Não se deve colocar na mão do outro a sua vida.

Ao esperar que o outro faça a sua parte, você se coloca na condição de refém de vontades que podem ser alheias às suas - ou de vítima, quando suas vontades não sejam atendidas pelos outros. Este geralmente é o primeiro passo para que surjam conflitos internos e para que você sinta baixa autoconfiança.

Invista em seus afazeres, ocupe-se com os seus sonhos, faça a sua parte e não se importe tanto com o que os outros estão fazendo.

Às vezes, pode ser necessário buscar ajuda para retomar o controle da vida. Não hesite. A psicoterapia pode ajudar você a redescobrir seus talentos e suas motivações, para que você redescubra quais são suas metas e dê os passos necessários para alcançá-las, pelos seus próprios méritos.

Nossos psicólogos

 

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Medo de Ser Feliz

Pode ser difícil de acreditar, mas existem, sim, pessoas que sentem pavor de se sentirem felizes ou de qualquer coisa que lhes traga alegria...