Controle
seus nervos.
Você já se viu irritado a ponto de cometer
atos que o fazem se arrepender depois? Quantas vezes se deixou envolver numa
discussão e de repente, em uma fração de segundos, perde o controle de si mesmo?
Nestes momentos de insanidade você grita, reclama, xinga e até mesmo parte para
agressividade que consequentemente o leva ao arrependimento?
Em ocasiões como
esta, ao menor sinal de contrariedade, algumas pessoas perdem o autocontrole, a
noção do espaço e até mesmo da realidade. Esta contrariedade as leva a contra atacar
e tentar mostrar a todo custo a sua razão e o seu direito, se utilizando dos recursos
mais sórdidos, desde a palavra que ofende até mesmo a força física que agride e
humilha. Essas pessoas ficam cegas, para tudo que está a sua volta e para elas
só existem uma verdade, só existem uma razão: a delas mesmas. Isso sem falar naquelas
que acostumam quebrar objetos, depositando sua raiva em algo que não consegue
se manifestar e muito menos se defender.
Mas como tudo
passa, após algum tempo, os ânimos se acalmam, a raiva diminui ou simplesmente
vai embora. Começa então a contagem dos prejuízos, vendo que tudo aquilo que
quebrou tem que ser concertado ou simplesmente descartado. Puro prejuízo. Mas o
agravante mesmo é quando, tem pessoas envolvidas nessa agressão, onde o estrago
que se faz é imensurável trazendo então inúmeros prejuízos de relacionamento,
deixando marcas que dificilmente podem ser apagadas.
O que leva alguém
a se comportar desta maneira? Sem sombra de dúvidas trata-se de orgulho ferido
agravado pela fragilidade no controle dos sentimentos, levando o individuo a
tentar convencer o outro da sua verdade, da sua razão, utilizando-se de um
recurso primitivo que conhece: o ataque. Não consegue admitir em hipótese
alguma que o outro também tem o seu valor, o seu jeito de ser e até mesmo a sua
verdade que deveriam ser considerados.
Como manter então
o controle para que isso não aconteça, para que se possa ter uma postura digna
de um ser civilizado que tem por principio viver em sociedade.
Comece prestando
um pouco mais de atenção as consequências de cada ato, de cada atitude que
costuma tomar. Verá que muitas delas não contribuem para resolver nenhum tipo
de problema, pelo contrário, colaboram para aumentar o desentendimento e a
discórdia.
Em seguida pense
melhor sobre suas razões, sobre a sua verdade e considere: Será que não existe
a possibilidade de o outro também ter a sua razão? Ele também não tem direito
de pensar de maneira própria, de maneira diferente?
Procure se
colocar na posição dele e pondere que é possível existir muitos motivos para
que tenha pensamentos e sentimentos diferentes do seu: personalidade distinta,
gostos, formas de ver e de sentir, inaptidão para a tarefa, falta de
conhecimento, etc. São motivos que devem ser considerados e acima de tudo
respeitados.
Não se considere
o dono da verdade, pois não podemos negar que são muitas as verdades que nos
rodeiam. Dependendo do nosso ângulo de visão e da posição em que nos encontramos
podemos nomear algumas que não são partilhadas pelo outro. Sendo assim cabe a
nós respeitar, considerar e ponderar que o outro também merece consideração.
Se a questão
exigir, seja paciente e tenha por principio substituir a agressão pela
disposição em ajudar, construir e valorizar sua relação com todos aqueles que
estão a sua volta. Da próxima vez em que se ver envolvido em uma situação como
esta, de discordância ou de contrariedade, pense nas consequências, feche a
boca, morda a língua e evite responder antes de amadurecer as ideias. Busque um
autocontrole que permita respostas e ponderações sensatas, que tenham por
principio construir e não simplesmente fazer valer uma opinião.
Tente isso e
verá que suas relações podem ser muito mais prazerosas quando são partilhadas
com respeito e consideração. No mais, seja feliz!
SP 30/04/15
Augusto
Amaral Dutra.
Psicólogo
Clínico. Fone (11) 9 9933 5486
e-mail:
augustodutra@terra.com.br
facebook
: Augusto Amaral Dutra
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