sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Síndrome de Peter Pan

Em 1983 o psicólogo norte-americano Dan Kiley escreveu o livro "A Síndrome de Peter Pan: Homens que Nunca Cresceram". Foi a primeira vez que este termo foi usado para descrever um comportamento similar ao do personagem principal do conto "Peter Pan": a recusa de algumas pessoas a crescer.

Embora esta não seja uma condição cientificamente diagnosticada como uma síndrome ou transtorno mental em si - e não haja referência a ela no Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM) - ela indiscutivelmente dá nome a um padrão de comportamento que todos sabemos ser comum.

Mais frequente em homens (embora ocorra também em mulheres), essa condição tem como característica a imaturidade emocional, como se a pessoa ainda estivesse na fase egocêntrica, narcisista e imatura das crianças. O desenvolvimento do intelecto é normal; o "atraso" acontece apenas na maturação emocional.

Mesmo já adultas, é comum que essas pessoas evitem compromissos e falhem em assuntos que requerem maturidade, como demonstrar interesse pela carreira profissional, vontade em administrar a própria vida (morar só, por exemplo), envolver-se em relacionamentos, entre outros.

É como se a pessoa deixasse sempre para depois os temas da vida adulta, seja porque não lhe interessam, seja porque, inconscientemente, ela acredita que algum outro adulto fará o que precisa ser feito.

Essa "recusa em crescer" pode ter diferentes causas, como a presença de uma mãe superprotetora, algum trauma, uma defesa inconsciente para evitar o desprazer, alguma dificuldade de integração social, entre outras.

A psicoterapia pode ser uma grande ajuda, para que a pessoa aprenda a reconhecer este comportamento, entender suas causas e adotar atitudes mais maduras, que sejam não apenas mais compatíveis com a vida adulta, mas que também não sejam sabotadoras do autodesenvolvimento, da carreira e das relações pessoais.

Nossos Psicólogos

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terça-feira, 8 de agosto de 2023

Autoconfiança

A autoconfiança é uma das competências emocionais mais importantes que se pode ter. Pessoas mais seguras costumam ser mais felizes em suas atividades pessoais, profissionais e até nas relações pessoais.

Pessoas autoconfiantes costumam ser perseverantes, corajosas e assertivas. Sentem-se mais seguras para serem autênticas, gentis e são emocionalmente inteligentes para lidarem com desafios, sem que isto represente arrogância e presunção. Diante das dificuldades, gerenciam suas emoções, lidam com seus pensamentos negativos e conseguem se recompor, acreditando que encontrarão uma saída - porque sabem que irão atrás dela.

A autoconfiança deve ser nutrida já na infância, para se tornar um chão por onde a pessoa caminhará por toda a vida. Infelizmente, é justamente nesse período que ela pode, também, ser mais fragilizada.

Críticas excessivas, falta de validação, bullying, entre outros, podem levar pessoas de todas as idades a terem problemas de autoimagem e, consequentemente, de autoconfiança. Para elas, pode ser necessário um esforço extra para controlar as inseguranças e, muitas vezes, para achar forças para começar algo, acreditando na real possibilidade de obterem sucesso.

A boa notícia é que a autoconfiança pode ser desenvolvida, junto com todo o fortalecimento emocional que ela promove. A psicoterapia é um excelente ponto de partida para construir caminhos que levem mais rápido a esse lugar de segurança.

É preciso aprender a celebrar suas conquistas. Perceber seus pequenos sucessos (sem compará-los com os de mais ninguém) é uma forma de validar seus pontos fortes e reconhecer seus aprendizados. Entender a importância de cada passo é nutrir a autoconfiança que pode conduzir você por caminhos que levem a uma vida mais plena, em que a felicidade começa pela visão positiva de quem você é.

Nossos psicólogos

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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Ciúme Patológico

 William Shakespeare, o famoso dramaturgo inglês, em uma de suas peças teatrais mais famosas, "Otelo, o Mouro de Veneza" (1603), escreveu sobre o ciúme doentio que Otelo sentia por imaginar que sua esposa, Desdêmona, era infiel.

Essa história (que não tem final feliz) dá nome à chamada Síndrome de Otelo, um transtorno mental ligado a um intenso ciúme, motivado por crenças falsas, irracionais e duradouras, com pensamentos delirantes e um desconforto tão grande, que pode levar a pessoa a um estado de paranoia.

O ciúme é uma emoção comum e que, em níveis normais, pode até ser visto como demonstração de preocupação e carinho. A própria palavra ciúme, que deriva do latim "zellumen", que significa "zelo", remete ao cuidado com a pessoa ou objeto que apreciamos.

Mas, quando se torna patológico, o ciúme pode gerar comportamentos injustificáveis de perseguição, invasão, violência e desrespeito. A pessoa passa a vasculhar os pertences do outro, controlar roupas, horários, exigir senhas, entre outras atitudes distorcidas.

Há um completo assombro com a possibilidade da infidelidade do parceiro, mesmo quando não há qualquer fundamento ou prova. E, no fim das contas, por provocar emoções negativas, como medo, insegurança, raiva e tristeza, o ciúme pode causar justamente o que mais se teme: o afastamento do outro.

É normal sentir ciúmes do parceiro quando suas ações e comportamentos mudam inesperadamente, ou quando é claro o interesse por outra pessoa. Mas, se você percebe que está em uma espiral de desconfiança sem fundamentos, pode ser necessário uma ajuda psicológica.

A terapia, seja individual ou de casal, pode colaborar para a superação das crises de ciúme, trabalhando a autoestima e a confiança dos envolvidos. Com isso, é possível devolver o bem-estar emocional às pessoas e evitar que o ciúme seja o responsável pelo término de uma relação que poderia ser feliz.

Nossos Psicólogos

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segunda-feira, 26 de junho de 2023

Críticas Pesadas

Mesmo as pessoas que têm a autoestima em dia e são seguras a respeito de si ficam chateadas diante de críticas pesadas, que normalmente vêm de surpresa, em um diálogo geralmente pouco construtivo.

É natural que essas críticas muito intensas gerem um misto de sentimentos, como raiva, constrangimento e, algumas vezes, até mesmo culpa e tristeza. Com isso, o que poderia ser uma real oportunidade de se autoavaliar e identificar pontos que, de fato, poderiam ser melhorados, acaba se tornando causa de desmotivação e dor.

Pessoas que são alvos de críticas constantes costumam desenvolver insegurança, problemas de autoestima, medo e tristeza. Isso pode afetar muito a qualidade de vida, levando a quadros de ansiedade, distúrbios do sono e alimentares, dificuldades de relacionamento, entre outras questões.

Quando expressadas com respeito e de forma construtiva, críticas podem ser fontes de crescimento e gerar mudanças importantes. Porém, é preciso saber discernir aquelas feitas com respeito e interesse verdadeiro em ajudar, daquelas que não passam de comentários levianos, competitivos, agressivos ou invejosos. Lembre-se que críticas devem nos fazer refletir, inclusive, sobre quem é o outro.

A psicoterapia pode ajudar a estabelecer um limite de autopreservação, para que você seja flexível e se mantenha com disposição de aprender, entendendo, porém, que existem percepções diferentes sobre as coisas e que nem sempre aquilo que o outro diz está correto ou representa uma verdade que mereça sua atenção.

Criticar não deve ser sinônimo de agredir. Escute críticas com cautela e reflita sobre elas no seu tempo. Se achar que deve, transforme-as em alavancas para o seu crescimento, mas nunca permita que se tornem instrumentos que lhe causem dor.

Nossos Psicólogos

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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Imaturidade Emocional

Avaliar a maturidade de alguém envolve uma série de aspectos e, ainda assim, é uma questão bastante controversa. Somos todos feitos de uma mescla de características complexas e, dependendo do ângulo observado, somos mais ou menos maduros.

Há quem seja mais maduro no que diz respeito às relações, mas imaturo no ambiente de trabalho. Há quem tenha muita consciência de quem é, mas se torne inseguro e frágil diante de um filho. Há quem seja maduro na busca por um objetivo, mas tenha grande dificuldade em lidar com um "não".

Quando se trata da imaturidade emocional, pode-se dizer que ela ocorre quando a pessoa preserva seus desejos mais infantis, acreditando, por exemplo, que todos ao seu redor devem satisfazer suas necessidades e vontades e, mais ainda, que a realidade deve se ajustar aos seus desejos.

Pessoas com essa característica - muitas vezes inconsciente - costumam ser egocêntricas e se importar menos do que deveriam com os efeitos das suas atitudes sobre a vida dos outros.

Outro sinal de imaturidade é a dificuldade em assumir compromissos. É comum que essas pessoas não saibam esperar e desistam rapidamente do que desejam. Geralmente têm dificuldade em reconhecer erros e reparar eventuais danos, atribuindo "culpas" aos outros ou ao "destino".

Falta de autonomia é outro sinal de imaturidade emocional. A pessoa costuma ter dificuldade em assumir responsabilidades e tomar decisões, muitas vezes estabelecendo laços de dependência com outras pessoas, que possam atender às suas necessidades ou tomar as decisões por ela.

Esses comportamentos quase sempre têm suas origens em situações de fragilidade emocional, como nos casos de famílias superprotetoras, carência afetiva, entre outros. A psicoterapia ajuda a pessoa a identificar esses padrões e a treinar novos comportamentos, que permitam crescimento emocional e uma vida emocionalmente mais saudável e equilibrada.

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Palavras que ferem

Entre uma atividade e outra, seja em um momento afetivo especial, ou ao final de um dia cansativo, por amor ou por descuido, você pode falar frases que ficarão marcadas na vida do seu filho para sempre. Para o bem e para o mal.

Pesquisas mostram que o cérebro das crianças é muito mais ativo do que o cérebro de um adulto. Não é surpreendente que sejam influenciadas por aquilo que ouvem e sentem nesse período.

Assim como há frases positivas, que demonstram amor, aconchego e potencializam o crescimento saudável de uma criança, existem também as frases ditas sem pensar, ameaçadoras ou que geram insegurança, com impactos negativos e duradouros.

Evite frases como "Eu não aguento mais fazer tudo para você!", "Se você não se comportar, ninguém vai gostar de você", "Belo desenho, mas poderia ter sido melhor", "Se um amiguinho te bater, bata de volta!", "Pare de agir como um bebê!", ou frases que geram insegurança sobre o seu amor, como "Eu não quero mais essa vida!", "Um dia eu vou sumir para você ver!", entre outras.

Estas são frases que, além de gerar culpa, podem fazer com que as crianças se sintam ingratas e devedoras. Toda comunicação que soe como ameaça causará insegurança e poderá gerar uma pessoa emocionalmente frágil.

Crianças, assim como adultos, precisam se sentir validadas e queridas. Durante o processo de aprendizagem, o reforço positivo, que valoriza os bons atos, costuma ser muito mais eficiente do que críticas rigorosas.

Crianças são inteligentes e conversas costumam ser muito positivas. Elas são visuais, aprendem muito com os exemplos, repetem o que veem. Você, suas ações e suas falas precisam ser boas referências para as crianças que vivem com você. Esses cuidados tornam o ambiente muito mais agradável no presente e fazem grande diferença para a pessoa que as crianças se tornarão no futuro.

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Aceitação x Comodismo

Muitas pessoas confundem aceitação com comodismo, mas elas na verdade, são posturas muito diferentes.

O comodismo tem relação com desistência ou inércia. É a falta de movimento ou apatia, mesmo diante de uma situação desconfortável. É uma situação de passividade e desesperança.

Já a aceitação envolve um processo mental de avaliação e decisão. Aceitar é entender que uma certa situação existe e que não pode ser modificada conforme o seu desejo ou intenção. Aceitar não é desistir ou se entregar, mas se permitir vivenciar a emoção e não relutar contra ela. Aceitar é, em si, uma forma de ação.

Também não podemos dizer que aceitação é sinal de fraqueza. Muito pelo contrário, ela exige reorganização interna, autoconhecimento, maturidade emocional e lucidez.

Aceitar não significa necessariamente sentir-se satisfeito. Significa compreender e se reorganizar para seguir adiante, mesmo diante da adversidade, mesmo que a realidade não seja exatamente como você gostaria. Significa aceitar que algumas coisas simplesmente são como são - e que a única mudança possível é a nossa própria.

Isto significa tomar consciência de que você não pode mudar o seu passado, não pode controlar o futuro, nem a forma de pensar das outras pessoas. Mas você pode mudar sua visão e controlar a forma como pensa e age no momento presente.

Autoconhecimento é parte fundamental disso. A psicoterapia pode ajudar muito neste movimento interno e libertador, envolvendo escolhas, autorrespeito e responsabilidade.

Manter a saúde mental e emocional em dia ajuda muito no desenvolvimento pessoal e na lucidez diante das adversidades, seja para promover mudanças que gerem movimento, seja para aceitá-las com equilíbrio, quando essas mudanças simplesmente não forem possíveis.

Nossos psicólogos

 

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Faça sua Parte

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