Essa história (que não tem final feliz) dá nome à chamada
Síndrome de Otelo, um transtorno mental ligado a um intenso ciúme, motivado por
crenças falsas, irracionais e duradouras, com pensamentos delirantes e um
desconforto tão grande, que pode levar a pessoa a um estado de paranoia.
O ciúme é uma emoção comum e que, em níveis normais, pode
até ser visto como demonstração de preocupação e carinho. A própria palavra
ciúme, que deriva do latim "zellumen", que significa
"zelo", remete ao cuidado com a pessoa ou objeto que apreciamos.
Mas, quando se torna patológico, o ciúme pode gerar
comportamentos injustificáveis de perseguição, invasão, violência e
desrespeito. A pessoa passa a vasculhar os pertences do outro, controlar
roupas, horários, exigir senhas, entre outras atitudes distorcidas.
Há um completo assombro com a possibilidade da infidelidade
do parceiro, mesmo quando não há qualquer fundamento ou prova. E, no fim das
contas, por provocar emoções negativas, como medo, insegurança, raiva e
tristeza, o ciúme pode causar justamente o que mais se teme: o afastamento do
outro.
É normal sentir ciúmes do parceiro quando suas ações e
comportamentos mudam inesperadamente, ou quando é claro o interesse por outra
pessoa. Mas, se você percebe que está em uma espiral de desconfiança sem
fundamentos, pode ser necessário uma ajuda psicológica.
A terapia, seja individual ou de casal, pode colaborar para
a superação das crises de ciúme, trabalhando a autoestima e a confiança dos
envolvidos. Com isso, é possível devolver o bem-estar emocional às pessoas e
evitar que o ciúme seja o responsável pelo término de uma relação que poderia
ser feliz.
Nossos Psicólogos
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