quinta-feira, 9 de abril de 2015

Raiva, rancor, ódio. O que faço com isso?

Raiva, rancor, ódio. O que faço com isso?
Você é daqueles que quando está com raiva solta vento pelas narinas, bufa, esbraveja, fica vermelho, xinga, revida, fecha a cara, “chuta o balde” e destrói tudo o que vê pela frente? Então leia isso e reflita.
Existem sentimentos negativos que se apoderam de nós de tal forma, que na maioria das vezes perdemos total controle sobre eles, nos influenciando na maneira de ser, agir e se relacionar.  Quando perguntado sobre o motivo destas reações, com certeza apresentaremos razões mais do que justas e coerentes para isso. Daremos desculpas das mais diversas, desde, uma injustiça, passando por um “mal entendido”, desconsideração, mágoa, ressentimento, afronta, deslealdade, etc, etc. Motivos não vão faltar, e diríamos ainda que todos são muito justos para nos levar a este comportamento.
Saibam que sentimentos como estes fazem parte da nossa estrutura emocional. A raiva, por exemplo, em alguns momentos pode até ser benéfica, pois nos desperta os sentidos para uma necessidade de defesa. Na medida em que nos vemos atacado por algum inimigo, ela nos permite criar forças físicas e emocionais para utilizarmos na nossa proteção. Favorece assim a constituição de algumas reações em nosso organismo nos oferecendo recursos para correr, lutar ou até mesmo aguçando os sentidos na busca de uma solução para algo que nos incomoda.
Porém, apesar de ser um comportamento natural e inerente ao ser humano, sempre que o utilizamos de maneira descontrolada e sem limites, transformamos o que seria uma ferramenta de defesa em uma arma de destruição. Pior, não destruição de um provável inimigo, mas destruição de nós mesmos.
Esta raiva impulsiva, mantida em você por um período de tempo além do necessário se transforma em ódio, influenciando seu comportamento com atitudes de agressividade que fatalmente lhe trarão consequências.  Não somente consequências emocionais, mas também físicas, afetando-o em todos os sentidos. Lembre-se que estes sentimentos estão sendo criados em você e a partir daí passando a fazer parte da sua constituição física e emocional. Envolvendo suas células e órgãos com uma das mais inferiores energias que um ser humano pode criar, fragilizando-o e propiciando a instalação de doenças e outros males.
As doenças físicas acontecem na medida em que, células malformadas presentes em nosso organismo passam a se alimentar desta energia negativa, propiciando desajustes em nosso sistema imunológico, fragilizando-o e comprometendo seu funcionamento. A partir daí podemos considerar que o individuo fica vulnerável, podendo ser acometido desde implicações mais simples como gripes ou resfriados até as mais complexas, como câncer e outros distúrbios.
Você pode até achar que este sentimento de rancor ou raiva é legitimo, pois o fruto desta emoção foi provavelmente uma injustiça que cometeram contra você. Eu diria que na maioria das vezes é desta forma que você se justifica. Será mesmo assim?
Então reflita sobre isso. Pense naquilo que lhe compete, nas atitudes que deixou de tomar, nas exigências que faz em relação ao outro, na sua falta de tolerância, na sua incompreensão, na sua ausência, na sua exigência descabida, na sua impaciência, no seu orgulho. Pense em tudo o que lhe compete e acrescente a isso o mal que traz a você mesmo.
Assim, da próxima vez que se ver envolvido com este sentimento, reflita sobre o que lhe diz respeito e faça diferente, releve e siga em frente. Você só tem a ganhar.
SP 27/03/2015

Augusto Amaral Dutra.
Psicólogo Clínico. Fone (11) 9 9933 5486
facebook – Augusto Amaral Dutra









Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça sua Parte

Você é o responsável por suas escolhas e deve saber que é preciso dedicação e empenho para fazer a sua parte. Não transfira suas responsab...