terça-feira, 12 de novembro de 2024

Acomodação

O conforto é objeto de desejo da grande maioria das pessoas - e não há nada de errado nisso. Ele é necessário ao ser humano, tanto do ponto de vista material quanto psíquico.

Porém, para certas pessoas, o conforto não é visto como fruto de conquistas ou merecimento. Para muita gente, ele é confundido com um estado de acomodação permanente, que gera inércia, apatia e estagnação - e que pode sabotar não só o crescimento pessoal e a autorrealização, mas também as emoções.

Quem tem empenho e dedicação costuma ser mais autoconfiante e desenvolver melhores ferramentas internas para encarar os desafios da vida. Ainda que não se tornem imunes a erros, essas pessoas tendem a ser mais preparadas para avançar - e levantar, se porventura caírem.

Já as pessoas mais acomodadas habitam permanentemente suas próprias zonas de conforto. Não precisar fazer esforços torna-se mais importante do que progredir e crescer, seja no trabalho, nas relações ou nos desafios pessoais.

Muitas delas, inclusive, acreditam que o conforto simplesmente lhes é devido, como um direito adquirido. É um quadro de "entorpecimento", que leva a pessoa a não acreditar em esforços, disciplina ou dedicação, contando que a vida - ou outra pessoa - automaticamente satisfará seus desejos.

Cedo ou tarde, é comum que essas pessoas se depararem com privações ou com a necessidade - absolutamente normal - de fazer algum esforço. O despreparo para lidar com essas situações pode levar ao sofrimento emocional.

Essa é uma queixa comum, por exemplo, quando os mais velhos se referem às gerações mais novas, que geralmente usufruem de mais conforto do que seus pais tiveram.

A psicoterapia pode ajudar - tanto quem não se empenha, quanto quem não sabe parar e descansar - a ver a realidade com mais lucidez e viver com mais equilíbrio.

Saber a hora de se desafiar e de desfrutar do merecido conforto é sinal de maturidade, e é parte importante de uma vida plena e emocionalmente equilibrada.

 

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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Recomece Hoje

Quase todos nós, em algum momento, já sentimos que mudanças eram necessárias. É muito comum que o ser humano eleja datas para recomeços: na segunda-feira, no mês que vem, assim que eu mudar de casa, quando eu entrar na faculdade, quando eu sair desse emprego, no próximo ano.

Porém, embora tenhamos o hábito de "definir um marco" para o início de uma mudança, isso na prática pode ser uma forma de adiar as mudanças. Parece que sempre temos "boas desculpas" para atrasá-las.

Essa é uma crença que pode ser abandonada. Ainda que se fique em dúvida sobre qual é o melhor momento para recomeçar, ou sobre como fazê-lo, é preciso ter em mente que quase todos os recomeços, especialmente os internos, podem acontecer a qualquer instante.

É importante que o foco esteja no recomeço e não no que já passou. Não é possível alterar o passado. Nele podemos encontrar aprendizados, mas ele não deve ser um fardo pesado demais para seguir carregando.

Mantendo o seu pensamento e suas ações no presente, é possível usar o que já passou como ponto de partida, não como âncora. O que você deseja geralmente está no futuro, que começa a ser construído hoje. O recomeço está no presente.

Desejar viver novas fases, melhores e mais bem pensadas, e trabalhar diariamente para torná-las sustentáveis, é seu direito. Compreender a necessidade dessas mudanças e suas ações para torná-las realidade (ou sabotá-las), é parte de um fundamental processo de autoconhecimento.

Todos os dias podem ser um marco para o recomeço. Mas isso não significa que esse "foco no hoje" deva gerar ações apressadas ou impensadas. A psicoterapia, por exemplo, pode ser muito favorável nesses momentos de mudanças.

Com a ajuda de um profissional você poderá desenvolver ferramentas internas para elaborar objetivos claros e agir para atingi-los, sem deixar de lado o autocuidado e sem sabotar os recomeços que você quer e merece ter.

 

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segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Viver o Presente

Nos últimos anos, muito tem se falado sobre a importância de estar "presente no presente". Em um mundo tão agitado, em que as preocupações e o estresse se acumulam, com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo e essa infindável quantidade de estímulos ao longo do dia, não é incomum que nossas mentes tendam a "escapar".

Estudos vêm mostrando que a mente fica "distraída" em nossos próprios pensamentos durante praticamente metade do tempo. É fácil ver a consciência desviando-se para o passado ou futuro, buscando recordações, fazendo planos, focando-se nas vidas alheias, em ruídos ou outras distrações. Com isso, perde-se o valor do instante.

É claro que é importante descansar os pensamentos de vez em quando, mas não se pode fazer isso o tempo todo. Não podemos viver ligados no "piloto automático".

Estar "presente no presente" de fato requer alguma prática. E, como toda prática, é algo que pode ser desenvolvido. Esse é um hábito que faz aumentar a atenção, assim como a qualidade dos pensamentos e a facilidade na tomada de decisões - sejam elas pequenas ou grandes. Focar-se no presente significa aumentar a lucidez e reduzir a ansiedade.

É perfeitamente possível treinar essa capacidade de apreciar o instante e vivê-lo com intensidade, aguçando os sentidos, com abertura para o que está acontecendo, com curiosidade e acolhimento - a si e aos outros.

A Psicoterapia é uma ferramenta importante na construção do autoconhecimento, que permite a você compreender seus padrões e hábitos mentais, que ajudam (ou atrapalham) nesse processo de focar-se mais no momento presente.

Focar-se no presente pode melhorar sua qualidade de vida. Procure estar consciente em cada experiência, faça uma coisa de cada vez e aprecie cada momento, com entrega e verdade.

O passado é imutável. O futuro é só uma possibilidade. O momento presente é o único que pode - e deve - ser verdadeiramente desfrutado.

 

Nossos psicólogos

 

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sábado, 14 de setembro de 2024

Frustração - Como Lidar com o senso de impotência

A frustração é um sentimento que todos conhecemos, em maior ou menor grau. Ele está associado ao desânimo quando criamos expectativas não atendidas sobre algo ou alguém. É a falta de motivação para seguir adiante, um senso de impotência, que costuma aparecer quando algo não acontece como o esperado.

Crescer implica em aprender a lidar com as frustrações, sejam elas pequenas ou grandes. Quem só ouve "sim" para todas as suas vontades, costuma ter dificuldades à medida em que a vida apresenta seus inevitáveis "nãos".

Não saber administrar as expectativas - e as frustrações quando elas não são atendidas - pode se tornar um sentimento difícil de conter e se manifestar por meio de comportamentos agressivos e disfuncionais.

A frustração pode ter fontes internas ou externas. É possível sentir-se frustrado por alguma necessidade não satisfeita, seja física (como não conseguir emagrecer), social (como não ser aceito em determinado grupo), afetiva (pelo fim de uma relação) ou até de autorrealização (como não conseguir uma promoção no trabalho).

É perfeitamente normal nos sentirmos frustrados em certos momentos. O problema acontece no excesso: quando há uma real inabilidade em lidar com a situação, gerando um senso de impotência e uma frustração tão grande a ponto de afetar o equilíbrio, as relações e o bem-estar.

A Psicologia pode ajudar a lidar melhor com essa emoção e levar a uma compreensão mais madura das próprias expectativas. Com isso, é possível aprender a criar metas que gerem ânimo e até algum grau de desafio, mas que sejam possíveis e realistas - inclusive diante da possibilidade de insucesso, em alguns momentos.

Aprimorar o autoconhecimento é uma forma de aprender a lidar com as frustrações, dando a elas o devido tamanho, sem diminuí-las, mas sem permitir que se tornem maiores do que sua potência em continuar a caminhar na direção do próprio bem-estar e felicidade, mesmo quando as coisas não são exatamente com você gostaria.

 

Nossos psicólogos

 

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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Decisões Difíceis

Fazer escolhas, seja em que aspecto da vida for, é inevitável. É impossível seguir o curso natural dos dias sem tomar decisões, mesmo que pequenas.

Devo acordar mais cedo ou não? Devo almoçar em casa ou no restaurante? Devo fazer contato com um cliente hoje ou amanhã? Essas são escolhas simples e fáceis de fazer.

Mas escolher nem sempre envolve decisões tão simples. Maturidade e equilíbrio são recursos importantes diante da necessidade de tomar decisões difíceis. Quanto mais preparados estivermos, melhores tendem a ser essas decisões.

É comum que, diante de muitas possibilidades, algumas pessoas se sintam indecisas ou inseguras para fazer escolhas. Toda escolha envolve algumas renúncias - e saber lidar com elas é tão fundamental quando lidar com a decisão tomada.

Tornar o processo mais racional é uma forma de lidar com essas escolhas, especialmente para quem não se sente muito confortável em fazê-las. A psicoterapia pode ajudar a clarear os pensamentos, a compreender melhor suas necessidades e seu momento de vida, e a preparar-se para fazer escolhas com mais com segurança.

Escolher com consciência não significa blindar-se ao erro nem a eventuais mudanças na própria escolha feita. Nada precisa ser necessariamente eterno. Ao longo do percurso, pode-se perceber que a realidade, ou até mesmo que o seu desejo, mudou - e fazer novas escolhas, tomando novas decisões.

As escolhas determinam a nossa vida e, em muitas instâncias, influenciam a vida daqueles que nos cercam. Fáceis ou difíceis, elas acontecem o tempo todo.

Com autoconhecimento, emoções equilibradas e pensamentos lúcidos, é possível avaliar as possibilidades e, se necessário, até assumir alguns riscos. Isso pode conduzir a um caminho de crescimento, que leve uma vida mais plena e feliz - uma escolha por vez.

Nossos psicólogos

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segunda-feira, 29 de julho de 2024

Crise de Pânico

As crises de pânico, também conhecidas como ataques de pânico, são episódios que ocorrem inesperadamente, em qualquer lugar, com duração que varia entre 15 e 30 minutos.

Elas provocam uma intensa sensação de medo e mal-estar, geralmente com sintomas físicos perturbadores, mesmo sem qualquer motivo ou perigo aparente. Quando não é um episódio isolado, podemos dizer que as crises são a manifestação central do Transtorno de Pânico.

Alguns sintomas psicológicos podem sinalizar um possível ataque de pânico: o medo desproporcional, ou a certeza que a pessoa tem de que vai morrer, ou ainda a sensação de que está exposta a um grande perigo.

Além das questões psicológicas, os ataques de pânico são marcados também fortes sintomas físicos: aceleração dos batimentos cardíacos, palpitações, falta de ar, suor frio, tontura, náusea, vômito, boca seca, calafrios ou ondas de calor, tremor, tensão muscular, formigamento, desmaio, fraqueza nas pernas, dores na cabeça, no estômago, no peito, entre outras.

Os episódios de pânico são mais frequentes em pessoas com transtornos fóbicos, de ansiedade generalizada, transtorno de estresse pós-traumático e com depressão - quadros que requerem tratamento especializado, muitas vezes com acompanhamento multidisciplinar.

Antidepressivos e ansiolíticos podem ser prescritos pelo médico psiquiatra e sessões de psicoterapia podem ser de grande ajuda, para reequilibrar as emoções, compreender as possíveis causas e gatilhos que desencadeiam as crises.

Aprender a lidar melhor com as crises de pânico não garante que elas desapareçam por completo, mas pode ajudar a diminuir a recorrência e o desconforto. Durante a crise, a consciência sobre o que de fato está acontecendo empresta uma sensação de confiança diante de um momento que pode ser muito desagradável, mas que é passageiro, e precisa ser respeitado e tratado.

 

Nossos psicólogos

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segunda-feira, 22 de julho de 2024

Medo de Ser Feliz

Pode ser difícil de acreditar, mas existem, sim, pessoas que sentem pavor de se sentirem felizes ou de qualquer coisa que lhes traga alegria. Esse é um distúrbio de ansiedade cada vez mais comum, ao qual se deu o nome de Querofobia.

A origem da palavra vem do grego, em que "chero" significa "alegre" e "phobia" significa "medo". Ou seja, a Querofobia é o medo muito intenso de se sentir alegre. Quem sofre com a querofobia evita se relacionar ou se expor a situações que possam gerar contentamento.

Para pessoas com este distúrbio, a alegria amedronta mais do que dá prazer. A felicidade é encarada com desconfiança, pessimismo e até desprezo, diante da certeza de que ela traz consigo algo que vai dar muito errado a seguir. Diante disso, toda alegria é percebida como uma ameaça, um primeiro passo para uma infelicidade inevitável, logo adiante.

É importante destacar que esse não é só um sentimento negativo comum, mas uma fobia em si, com efeitos desproporcionais, muitas vezes incontroláveis, como a necessidade de fugir, ansiedade intensa, dores de cabeça, taquicardia, suor frio e outros sintomas, comuns à grande parte das fobias.

Geralmente a querofobia se manifesta em quem já experimentou, no passado, alguma dor ou situação traumática depois de um momento alegre. Conflitos na infância, punições severas após momentos felizes, entre outras situações, podem ser o gatilho para essa associação nociva e distorcida entre alegria e dor.

A psicoterapia pode ajudar a romper essa crença de que toda felicidade traz dentro dela um sofrimento. Isso envolve compreender seus padrões mentais e emoções, para que, no devido tempo, a dor seja desassociada dos eventos felizes e das emoções agradáveis.

Com o tratamento, é possível chegar-se à origem desse medo e trabalhar a aceitação de que emoções negativas também fazem parte da vida, sem que sejam sabotadoras do bem-estar e da própria felicidade.

 

Nossos Psicólogos

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Acomodação

O conforto é objeto de desejo da grande maioria das pessoas - e não há nada de errado nisso. Ele é necessário ao ser humano, tanto do ponto ...