Porém, para certas pessoas, o conforto não é visto como
fruto de conquistas ou merecimento. Para muita gente, ele é confundido com um
estado de acomodação permanente, que gera inércia, apatia e estagnação - e que
pode sabotar não só o crescimento pessoal e a autorrealização, mas também as
emoções.
Quem tem empenho e dedicação costuma ser mais autoconfiante
e desenvolver melhores ferramentas internas para encarar os desafios da vida.
Ainda que não se tornem imunes a erros, essas pessoas tendem a ser mais
preparadas para avançar - e levantar, se porventura caírem.
Já as pessoas mais acomodadas habitam permanentemente suas
próprias zonas de conforto. Não precisar fazer esforços torna-se mais
importante do que progredir e crescer, seja no trabalho, nas relações ou nos
desafios pessoais.
Muitas delas, inclusive, acreditam que o conforto
simplesmente lhes é devido, como um direito adquirido. É um quadro de
"entorpecimento", que leva a pessoa a não acreditar em esforços,
disciplina ou dedicação, contando que a vida - ou outra pessoa -
automaticamente satisfará seus desejos.
Cedo ou tarde, é comum que essas pessoas se depararem com
privações ou com a necessidade - absolutamente normal - de fazer algum esforço.
O despreparo para lidar com essas situações pode levar ao sofrimento emocional.
Essa é uma queixa comum, por exemplo, quando os mais velhos
se referem às gerações mais novas, que geralmente usufruem de mais conforto do
que seus pais tiveram.
A psicoterapia pode ajudar - tanto quem não se empenha,
quanto quem não sabe parar e descansar - a ver a realidade com mais lucidez e
viver com mais equilíbrio.
Saber a hora de se desafiar e de desfrutar do merecido
conforto é sinal de maturidade, e é parte importante de uma vida plena e
emocionalmente equilibrada.
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