segunda-feira, 24 de março de 2025

Midorexia - Medo do Envelhecimento

A Midorexia é um distúrbio cada vez mais comum, caracterizado pela preocupação excessiva com a busca incessante da juventude e a resistência ao envelhecimento.

Mais do que uma simples busca por padrão estético jovem, a midorexia é um indicador de uma sociedade que valoriza a juventude de maneira desproporcional. Muitas pessoas, influenciadas por esses padrões, que são tanto estéticos quanto comportamentais, sentem uma pressão constante para se manterem jovens a qualquer custo. É como se envelhecer fosse sinônimo de fracasso.

Essa busca incessante - e necessariamente frustrada - pode levar à ansiedade, baixa autoestima, distúrbios alimentares e até a quadros depressivos. Além do aspecto físico, pessoas que sofrem com a midorexia tendem a querer viver e se comportar como se fossem bem mais jovens do que são: procuram amigos e parceiros mais novos, frequentam lugares cujo público pertence a outra faixa etária, assumem comportamentos que tentam esconder a idade que realmente têm.

Ao se tornar obsessivo, esse esforço pode causar problemas, inclusive, nas relações amorosas, familiares e sociais. É importante ter em mente que ter um estilo de vida ativo e jovial é positivo, sem dúvida. O que é negativo é o excesso, a fuga da realidade e negação, a todo custo, da passagem do tempo e de seus efeitos.

A psicoterapia é uma ferramenta valiosa para lidar com a midorexia, ajudando a reconhecer e questionar limites e padrões prejudiciais, para que se possa viver com alegria e vitalidade, sem negar o próprio amadurecimento - nem buscar o impossível.

Ao trabalhar a autoaceitação, o amor-próprio e a construção de uma autoimagem saudável, é possível promover um relacionamento mais equilibrado e positivo com o amadurecimento, sem que isso signifique, em absoluto, abrir mão da própria vaidade ou da alegria de viver.

 

Nossos Psicólogos

 

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segunda-feira, 17 de março de 2025

Microagressão

Ao falar em agressão, logo pensamos em um ataque direto e visível à integridade física ou moral de alguém. Mas nem toda agressão é tão clara. Existem também as chamadas microagressões, geralmente sutis, disfarçadas sob a forma ironia, escárnio, sarcasmo e preconceito.

As microagressões costumam ser atitudes ou falas que ofendem, depreciam, humilham ou discriminam, questionando o mérito, a competência, o aspecto físico e a capacidade de um indivíduo. Elas podem ser, por exemplo, um simples comentário, embutindo uma "pequena" ofensa ou pensamento preconceituoso, ou uma atitude sutil, que reforce rótulos e estereótipos negativos.

As pessoas que praticam as microagressões normalmente não as reconhecem como problema: justificam que não têm qualquer intenção de ofender e que suas ações são incapazes de causar dor. Ainda que feitas de modo inconsciente e não intencional, é importante que não sejam simplesmente aceitas como naturais.

Ouvir "apelidos" depreciativos, insultos, ter sua presença ou suas falas ignoradas, ou se sentir "seguido" dentro de um estabelecimento comercial por sua aparência, por exemplo, são microagressões inaceitáveis.

É muito importante evitá-las também dentro de casa. Pequenas mágoas repetidas, especialmente vindas de quem amamos, afetam o bem-estar psicológico de qualquer pessoa, em qualquer idade.

Mecanismos de autocuidado, como a psicoterapia, podem ajudar a pessoa não apenas a resgatar a autoconfiança e autoestima, mas também estabelecer limites e combater as microagressões.

O prefixo "micro" faz parecer que as agressões são "pequenas" - mas só para quem as comete. Ignorá-las, na verdade, dificulta seu reconhecimento e banaliza os efeitos nocivos que elas têm. Combatê-las, mesmo quando sutis, significa zelar por ambientes e relações mais saudáveis, nos quais todos sejam incondicionalmente respeitados, como merecem ser.

Nossos Psicólogos

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Abandono Afetivo

 A afetividade e o senso de segurança são fundamentais na construção da personalidade humana. Na verdade, podemos até dizer que somos biolog...