domingo, 26 de maio de 2024

Adolescentes X Pais

Assim que os filhos começam a amadurecer, deixando a infância e entrando na fase da adolescência, é natural que comecem a não concordar com muitas das opiniões e decisões dos pais.

É importante, porém, que os pais entendam que esse comportamento não é sinal de falta de amor, e sim uma característica bastante comum desta fase do crescimento.

À medida em que amadurecem, os filhos começam a perceber que o modelo dos pais não é o único que existe e que não obrigatoriamente precisa ser seguido com extremo rigor.

A manifestação dessas diferenças não é necessariamente ruim. Muito pelo contrário, demonstra que o jovem está fazendo reflexões, analisando pontos de vista, procurando seu espaço dentro da dinâmica familiar e construindo sua própria identidade.

Isto faz parte do amadurecimento. Aceitar que o adolescente tem seus próprios critérios - e os expõe - pode ser um desafio para os pais, mas, ao mesmo tempo, pode ser visto como uma demonstração de amadurecimento do jovem, mesmo que no futuro algumas dessas oposições se tornem menos intensas e suas ideias se tornem menos opostas às dos pais.

Porém, ainda que as diferenças possam ser aceitas com alguma naturalidade, é preciso estar atento para que elas não representem algum problema maior. Elas podem ser sinais de que a comunicação não anda bem, ou até mesmo de conflitos e descontentamentos que precisam ser investigados e trabalhados.

Demonstrar interesse pelo que o filho tem a dizer é abrir-se para a chance de olhar os mesmos temas sob outra perspectiva. Generalizar, ameaçar, gritar ou criticar excessivamente só aumenta as distâncias e levam a um território de discordância ainda maior.

Procure acolher e compreender, antes de julgar. Ouça com atenção. E tenha em mente que mesmo nas relações em que há amor, algumas vezes a ajuda de um profissional pode ser necessária e muito proveitosa.

A psicoterapia pode ajudar o jovem a lidar com esta fase de grandes mudanças, bem como auxiliar os pais na compreensão de que os filhos não precisam ser suas cópias para serem pessoas especiais.

Nossos Psicólogos

 

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segunda-feira, 6 de maio de 2024

Críticas em Excesso

Criticar os outros pode até ser uma iniciativa bem-intencionada de ajudar na correção de algum comportamento ou hábito. Mas, ao fazer uma crítica, é importante ter em mente que ela é feita com base não só em seus conhecimentos, mas também em suas crenças e estados emocionais. Por isso, elas nunca são 100% objetivas.

Críticas podem, sim, ser construtivas e servir de estímulo para o crescimento do outro. Mesmo assim, é preciso pensar antes de dizê-las, para que as palavras e os momentos certos sejam encontrados. É preciso também ter em mente que nem todos ouvem as críticas como você gostaria - especialmente se o tom não for adequado.

Todo mundo conhece alguém que faz críticas em excesso. São pessoas que habitualmente não expõem suas opiniões de forma cuidadosa ou racional. Costumam ter o olhar voltado para tudo que não é positivo no outro e, não surpreendentemente, têm também opiniões muito rígidas sobre si mesmas.

Muitas vezes elas não percebem o quanto podem ser inconvenientes nem o quanto suas falas são desproporcionais ao "problema" que desejam criticar. Para essas pessoas, geralmente só suas verdades são corretas.

Às vezes, até disfarçam as críticas com discursos de aparente bem-querer ou preocupação. Mas, na prática, o excesso de críticas torna a pessoa amarga e solitária - afinal, é desagradável conviver com quem "caça" defeitos para apontar no outro.

A falta de empatia demonstrada por este tipo de comportamento é sinal de que há uma fragilidade interna. O hábito de criticar em excesso é mais comum em pessoas com baixa autoestima, que não foram validadas ou apreciadas, e que projetam suas falhas e frustrações no outro. O apoio psicológico ajuda no resgate da autoestima, para que se possa encontrar o meio termo entre o olhar crítico e a empatia.

Ter uma relação saudável consigo mesmo é um importante para perceber que, mesmo que o mundo à nossa volta tenha defeitos, é necessário saber como e quando fazer comentários que, mais do que criticar, motivem o crescimento e melhoria, criando proximidade e respeito, em vez de agressão e distância.

Nossos Psicólogos

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Abandono Afetivo

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