Encarar essa realidade não é fácil, principalmente diante de
alguns desafios que não podem ser ignorados e de alguns caminhos - naturais e
inevitáveis - que devem ser percorridos.
No início do século XX, a expectativa de vida no Brasil era
de pouco mais de 33 anos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a expectativa de vida em 2015 era de 75 anos, tendo
aumentado desde então para pouco mais de 77 anos.
Portanto, envelhecer é um processo irreversível. Mas aceitar
isso é difícil quando se trata dos nossos pais - aqueles seres que ainda
habitam nosso íntimo com a visão infantil de que são invencíveis e, muito
provavelmente, eternos.
Nessa fase, algumas perdas são inevitáveis, sejam físicas,
sensoriais ou cognitivas. Podem surgir limitações e até mesmo ocorrer a
inversão de papéis: quem sempre cuidou, agora precisa receber cuidados.
É preciso se preparar emocionalmente para aceitar com
disposição, flexibilidade e, acima de tudo, amor inabalável, os papéis que
serão distribuídos a todos, nessa nova etapa, cheia de espirais de emoções. É
um tempo para perceber que, independentemente de como tenha sido a sua
infância, seus pais precisam de cuidados e dedicação.
Para isso, é necessário evitar (ou até ignorar) os eventuais
embates que a relação possa ter sofrido no passado. Todo calor nesta fase deve
ser gerado pelo afeto, não pelo atrito.
A psicoterapia pode ser muito benéfica, tanto para os pais
idosos, quanto para os filhos já adultos. Encarar a realidade com aceitação e
estabelecer formas de lidar com ela de forma saudável e natural. E,
principalmente, pode ajudar a criar uma fase plena de afeto, permeada por um
amor que não conhece o tempo e que, por isso, nunca há de envelhecer.
Nossos psicólogos
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