As emoções dessa criança que fomos um dia permanecem vivas
em algum lugar do subconsciente. Em algum lugar interno, elas continuam sendo
as mesmas emoções reprimidas, necessidades não satisfeitas, medos, perdas,
formas de reagir diante de certos acontecimentos e até mesmo nossa resiliência
e capacidade de lidar com problemas.
Essas feridas podem se manifestar por tempo indeterminado,
até que tenhamos a ação consciente de deixá-las partir, ir embora. Enquanto
isso não ocorrer, podemos seguir repetindo, como adultos, os mesmo padrões
ainda ditados pelas dores da nossa criança ferida.
Pais carregam seus próprios traumas não resolvidos. Pode ser
difícil modular alguns comportamentos e emoções, que podem permanecer nos
filhos, interferindo em sua autoimagem e na visão que têm do mundo. A criança
pode acabar repetindo sistematicamente um estímulo negativo, fazendo com que
essa estrutura psíquica ferida permaneça, mesmo depois de adulta - e de forma
cíclica, com seus próprios filhos.
A psicoterapia é uma importante facilitadora em um processo
de acolhimento e transformação, que ajuda a olhar para a dor da criança ferida
com coragem, enfrentamento e ação. O objetivo é dar lugar a um adulto livre
para fazer suas próprias escolhas, com maturidade e autorrespeito.
É preciso guardar essas lembranças da infância em um lugar
reservado para elas, sem negá-las, mas também sem permitir que ocupem demasiado
espaço em uma vida que, inevitavelmente, caminha para a frente. A psicoterapia
pode ser o primeiro passo.
Nossos psicólogos
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