A palavra "gordo" - que poderia ser uma mera
descrição, como "alto", "baixo" ou "magro - é usada
por muitos como sinônimo de feio, desleixado ou incapaz. A gordofobia é, sem
dúvida, um dos tipos mais comuns de bullying, fruto de uma visão intolerante e
superficial, que valoriza um padrão de beleza que define que só o corpo magro é
perfeito.
É fácil perceber que o "defeito", na verdade, é do
gordofóbico - aquele que julga pessoas como inferiores, desprezíveis ou
repugnantes. Mas, que fique claro: muitas delas sofrem muito com este
julgamento.
A gordofobia é uma discriminação que, assim como qualquer
outra, fere, humilha e maltrata, podendo levar à baixa autoestima, sensação de
solidão, raiva, entre outros. Isto pode afetar as vítimas profundamente,
interferindo em suas vidas afetivas, sociais e profissionais, devido a
sentimentos de inadequação, dificuldades de socialização e, em certos casos,
até mesmo à crença de que não merecem sequer receber afeto.
Por isso, não são poucos os relatos de vítimas de gordofobia
que desenvolvem transtornos como a compulsão alimentar, bulimia, anorexia e
vigorexia.
Em um mundo pouco adaptado e com falta de
representatividade, as pessoas obesas enfrentam muitos desafios: o simples ato
de comprar roupas, andar de transporte público e encontrar cadeiras
confortáveis em restaurantes e cinemas as fazem sentir fora do contexto. É uma
espécie de despertencimento velado.
É muito comum - e compreensível - que quem passa por isso
precise de ajuda. O psicólogo pode oferecer um espaço para a expressão destes
sofrimentos e de acolhimento a estas dores. Este é um processo que conduz a um
caminho de autoaceitação e amor-próprio - independente do peso e das medidas,
hoje ou no futuro.
É possível reconstruir e fortalecer a autoestima e promover
a aceitação da beleza que cada corpo, em sua singularidade, tem - e que é muito
mais complexa do que a balança é capaz de revelar. Conte comigo!
Nossos psicólogos
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