Atitudes de amor
combinam com saúde, experimente!
Mas como tudo na vida se desgasta
e tem seu envelhecimento natural, com nosso organismo não poderia ser
diferente. Pela maneira como lidamos com ele, pela forma como o tratamos, na
maioria das vezes, aceleramos este processo de desgaste e quando a gente menos
espera, a saúde vai embora e a doença se instala.
Algumas formas de provocar este
desgaste são bastante claras para nós, como os maus tratos que aplicamos ao
nosso corpo, através da má alimentação, substancias tóxicas, fumo, álcool,
excesso de gordura, ausência de exercícios físicos, vida sedentária, etc.
Porém existem outras formas de
desgasta-lo e nos fazer perder a saúde instalando a doença, mas por não serem tão
evidentes não damos importância nem nos preocupamos. O pior, é que às vezes nos
afetam muito mais do que as causas conhecidas. São nossos sentimentos de raiva,
rancor, ciúmes, etc. Sentimentos descontrolados que emitimos ao longo dos
tempos, nos trazendo consequências desastrosas para nossa saúde.
Um destes sentimentos que está
quase sempre presente na maioria de nós é a raiva, que nada mais é do que uma
sensação de contrariedade em relação a algo que nos incomoda, na medida em que
nos sentimos agredidos. Então, movido pelo orgulho exacerbado, você não aceita
a contrariedade e dá vazão a esta emoção em forma de raiva.
Porém, ao mesmo tempo em que
dizemos que a raiva em excesso prejudica nossa saúde, em dose certa é um bem
que temos a nosso favor. O processo de sentir raiva é algo bastante natural,
agindo como um mecanismo de defesa do organismo na medida em que estimula a utilização
de recursos próprios nos permitindo uma reação a um atentado, diante de um
inimigo.
Ao sentir raiva, o organismo
libera grandes quantidades de substancias químicas como cortisol, adrenalina,
noradrenalina, dopamina e tantos outros hormônios e neurotransmissores que aceleram os batimentos
cardíacos, tonificando os músculos, e consequentemente, aumentando o ritmo
respiratório, a fim de oxigenar corpo e mente para melhorar a capacidade de
ambos reagirem. Além das contrações musculares que nos permite ter mais
vitalidade e agilidade, o estomago atua liberando ácidos estomacais para que
uma possível digestão não seja um impeditivo para sua defesa.
Estas reações biológicas são
úteis, pois sem ela não poderíamos nos defender de um possível ataque ou
agressão a que estamos sendo submetidos.
Acontece, que da mesma forma que
essas reações estão aí para nos defender, na medida em que a gente exagera
nestes sentimentos, trazemos consequências para nosso organismo em forma de
estresse. Sentimentos desta natureza atuando de forma repetitiva e sem controle
nos levam a perder um bem precioso que temos: a saúde.
Sentir raiva é um processo
natural, porém temos que nos preocupar com o que fazemos com ela e
principalmente, por quanto tempo a mantemos em nós. Temos tendência em exagerar
nestes sentimentos e repetidamente fazemos nosso organismo reagir a um ataque
que não é real.
E aí começa o problema, pois de
forma silenciosa se instala e a gente nem percebe, nem se dá conta. O constante
aumento da frequência cardíaca, pode nos causar dores de cabeça, tonturas, vertigens
e até mesmo infartos. As contrações musculares em excesso nos causam dores no
corpo e tensão desnecessárias e finalmente, a liberação também excessiva de
sucos gástricos sem a presença de alimentos para serem digeridos nos levam a
dores no estômago, formação de gastrite e até mesmo úlceras.
Essas são algumas das
consequências mais evidentes, porém são inúmeros os efeitos em nosso organismo
quando nos deixamos envolver por emoções descontroladas.
E como agir diante disso? Procurando
ter justamente um sentimento contrário. Está aí a importância do amor, da
compreensão e do perdão em nossas vidas, contribuindo assim para nosso estado
de saúde. Com sentimentos de amor nossa respiração se torna equilibrada, nosso
metabolismo se ajusta de acordo com as reais necessidades. As células se
fortalecem e até mesmo doenças consideradas incuráveis são passíveis de serem atenuadas,
com possíveis mudanças de curso e até mesmo de prognósticos.
Como fazer então para mudar essa
forma de agir, sentir e reagir diante das contrariedades. Não são mudanças
fáceis e rápidas, mas são necessárias e muitas delas urgentes. Primeiramente
não basta somente dizer para si mesmo que não pode ter raiva. Que tem que se
controlar. O passo importante é procurar compreender o significado deste
sentimento.
Procure entender o que está por
traz deste comportamento e verá que você pode sim ter controle sobre ele na
medida em que compreender o seu real significado. Verá então que controlá-lo só
depende de você.
Evite ser impulsivo, procure
olhar a situação por novos ângulos e se o problema for com relação ao outro,
coloque-se no lugar dele. A tolerância nos faz compreender que todos têm
fraquezas que precisam ser trabalhadas e cabe a cada um entende-las.
Procure controlar seus instintos,
em momentos de crise respire pausadamente, conte até dez. Pense antes de
responder ou reagir e se dê o tempo necessário para tomar uma decisão com serenidade,
justiça e tolerância.
Sentimentos de amor nos
impulsionam para o bem, nos fazendo não somente pessoas melhores em relação às
outras, mas acima de tudo em relação a nós mesmos, influenciando principalmente
em nosso estado de saúde.
Assim começamos a compreender a
máxima do “mente sã, corpo são”, nos fazendo ver os efeitos do que chamamos de
somatização, quando nosso corpo começa a reproduzir e responder aos sentimentos
emanados pela nossa mente.
Sendo assim, cabe a cada um
fazer sua escolha, você é livre para isso. Saúde e paz.
* Este texto teve a colaboração da Dra. Ariane Ornellas
Dutra.
SP 31/07/15
Augusto Amaral Dutra.
Psicólogo Clínico.
Fone (11) 9 9933 5486
e-mail: augustodutra@terra.com.br
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