sexta-feira, 31 de julho de 2015

Atitudes de amor combinam com saúde, experimente!

Atitudes de amor combinam com saúde, experimente!

Estamos constantemente em busca de uma saúde melhor. Porém, o fato é que somente começamos a nos preocupar quando ela nos deixa. Quando nosso corpo está saudável, repleto de energias e vitalidade, em condições de suportar as agressividades a qual o submetemos, nós nem ligamos para a saúde. Apenas seguimos em frente.
Mas como tudo na vida se desgasta e tem seu envelhecimento natural, com nosso organismo não poderia ser diferente. Pela maneira como lidamos com ele, pela forma como o tratamos, na maioria das vezes, aceleramos este processo de desgaste e quando a gente menos espera, a saúde vai embora e a doença se instala.
Algumas formas de provocar este desgaste são bastante claras para nós, como os maus tratos que aplicamos ao nosso corpo, através da má alimentação, substancias tóxicas, fumo, álcool, excesso de gordura, ausência de exercícios físicos, vida sedentária, etc.
Porém existem outras formas de desgasta-lo e nos fazer perder a saúde instalando a doença, mas por não serem tão evidentes não damos importância nem nos preocupamos. O pior, é que às vezes nos afetam muito mais do que as causas conhecidas. São nossos sentimentos de raiva, rancor, ciúmes, etc. Sentimentos descontrolados que emitimos ao longo dos tempos, nos trazendo consequências desastrosas para nossa saúde.
Um destes sentimentos que está quase sempre presente na maioria de nós é a raiva, que nada mais é do que uma sensação de contrariedade em relação a algo que nos incomoda, na medida em que nos sentimos agredidos. Então, movido pelo orgulho exacerbado, você não aceita a contrariedade e dá vazão a esta emoção em forma de raiva.
Porém, ao mesmo tempo em que dizemos que a raiva em excesso prejudica nossa saúde, em dose certa é um bem que temos a nosso favor. O processo de sentir raiva é algo bastante natural, agindo como um mecanismo de defesa do organismo na medida em que estimula a utilização de recursos próprios nos permitindo uma reação a um atentado, diante de um inimigo.
Ao sentir raiva, o organismo libera grandes quantidades de substancias químicas como cortisol, adrenalina, noradrenalina, dopamina e tantos outros hormônios e  neurotransmissores que aceleram os batimentos cardíacos, tonificando os músculos, e consequentemente, aumentando o ritmo respiratório, a fim de oxigenar corpo e mente para melhorar a capacidade de ambos reagirem. Além das contrações musculares que nos permite ter mais vitalidade e agilidade, o estomago atua liberando ácidos estomacais para que uma possível digestão não seja um impeditivo para sua defesa.
Estas reações biológicas são úteis, pois sem ela não poderíamos nos defender de um possível ataque ou agressão a que estamos sendo submetidos.
Acontece, que da mesma forma que essas reações estão aí para nos defender, na medida em que a gente exagera nestes sentimentos, trazemos consequências para nosso organismo em forma de estresse. Sentimentos desta natureza atuando de forma repetitiva e sem controle nos levam a perder um bem precioso que temos: a saúde.
Sentir raiva é um processo natural, porém temos que nos preocupar com o que fazemos com ela e principalmente, por quanto tempo a mantemos em nós. Temos tendência em exagerar nestes sentimentos e repetidamente fazemos nosso organismo reagir a um ataque que não é real.
E aí começa o problema, pois de forma silenciosa se instala e a gente nem percebe, nem se dá conta. O constante aumento da frequência cardíaca, pode nos causar dores de cabeça, tonturas, vertigens e até mesmo infartos. As contrações musculares em excesso nos causam dores no corpo e tensão desnecessárias e finalmente, a liberação também excessiva de sucos gástricos sem a presença de alimentos para serem digeridos nos levam a dores no estômago, formação de gastrite e até mesmo úlceras.
Essas são algumas das consequências mais evidentes, porém são inúmeros os efeitos em nosso organismo quando nos deixamos envolver por emoções descontroladas.
E como agir diante disso? Procurando ter justamente um sentimento contrário. Está aí a importância do amor, da compreensão e do perdão em nossas vidas, contribuindo assim para nosso estado de saúde. Com sentimentos de amor nossa respiração se torna equilibrada, nosso metabolismo se ajusta de acordo com as reais necessidades. As células se fortalecem e até mesmo doenças consideradas incuráveis são passíveis de serem atenuadas, com possíveis mudanças de curso e até mesmo de prognósticos.
Como fazer então para mudar essa forma de agir, sentir e reagir diante das contrariedades. Não são mudanças fáceis e rápidas, mas são necessárias e muitas delas urgentes. Primeiramente não basta somente dizer para si mesmo que não pode ter raiva. Que tem que se controlar. O passo importante é procurar compreender o significado deste sentimento.
Procure entender o que está por traz deste comportamento e verá que você pode sim ter controle sobre ele na medida em que compreender o seu real significado. Verá então que controlá-lo só depende de você.
Evite ser impulsivo, procure olhar a situação por novos ângulos e se o problema for com relação ao outro, coloque-se no lugar dele. A tolerância nos faz compreender que todos têm fraquezas que precisam ser trabalhadas e cabe a cada um entende-las.
Procure controlar seus instintos, em momentos de crise respire pausadamente, conte até dez. Pense antes de responder ou reagir e se dê o tempo necessário para tomar uma decisão com serenidade, justiça e tolerância.
Sentimentos de amor nos impulsionam para o bem, nos fazendo não somente pessoas melhores em relação às outras, mas acima de tudo em relação a nós mesmos, influenciando principalmente em nosso estado de saúde.
Assim começamos a compreender a máxima do “mente sã, corpo são”, nos fazendo ver os efeitos do que chamamos de somatização, quando nosso corpo começa a reproduzir e responder aos sentimentos emanados pela nossa mente.
Sendo assim, cabe a cada um fazer sua escolha, você é livre para isso. Saúde e paz.

* Este texto teve a colaboração da Dra. Ariane Ornellas Dutra.

SP 31/07/15

Augusto Amaral Dutra.
Psicólogo Clínico. Fone (11) 9 9933 5486




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