Orgulho,
o veneno que consome.
Alguns sentimentos que temos estão tão
presentes e consolidados na nossa maneira de ser que nem nos damos conta de
quando ele está atuando. O Orgulho é, sem sombra de dúvidas, um destes
sentimentos que sem perceber ele nos deixa cegos, paralisa e ao mesmo tempo nos
transforma em pessoas duras e intransigentes, nos fazendo inflexíveis na
maneira de ser e se portar.
Esta imperfeição nos
faz agir de forma natural e inconsciente, defendendo nossos interesses e
verdades sem nos preocuparmos com resultados e consequências. Desta forma, a
certeza de que estamos certos é tamanha que nem nos damos o trabalho de
refletir para saber se a questão pode ou não ser tratada de forma diferente.
Acontece que este
comportamento afeta não somente a você, mas influi principalmente nas relações
que mantém com os que estão a sua volta. Observe que este seu jeito de ser afasta de
você as pessoas que não partilham do seu sentimento e também daqueles que como
você, tem questões a serem revistas, mas que por falta de maturidade ainda não
conseguem. Neste “cabo de guerra” onde ninguém quer ceder só existe um
vencedor: A desarmonia.
Será que você tem
autoridade suficiente para se considerar superior nesta maneira de ver e se
relacionar? Não existiria aí um espaço para uma reconsideração, levando-se em
conta que todos nós, sem exceção, temos imperfeições a serem trabalhadas?
Se você é daqueles
que também é intolerante e “não dá o braço a torcer”, reflita sobre os
resultados destas atitudes e veja o quanto se prejudica agindo desta forma. Quantas
amizades destruídas, famílias vivendo em conflito e ainda outros
desentendimentos, pois o orgulho impera impedindo que haja qualquer tipo de
reflexão contraria.
E como alterar isso,
como passar a ter sentimentos diferentes?
Um passo importante é
ter disposição para mudar e humildade suficientes para entender que todos nós
temos dificuldades que precisam ser relevadas.
Questione a si mesmo
para saber se está agindo de forma correta e para isso tente se colocar no
lugar do outro, e de maneira fria e sincera analise como você se comportaria se
o fato estivesse ocorrendo com você.
Muito provável que
diante deste questionamento você ainda vai encontrar uma infinidade de desculpas
para se justificar e que todas elas seriam mais do que plausíveis e justas. Mas
será que o outro também não teria este mesmo direito?
Reflita sobre isso e
veja que ser flexível em algumas questões não lhe diminui o caráter, muito
menos lhe tira a razão, mas o torna tão humano e nobre a ponto de causar a
derrota da desarmonia. (aquela que saiu vencedora no terceiro parágrafo)
Benefícios? São
inúmeros, a começar pelo fortalecimento da união, o entendimento e acima de
tudo aprimorando seus relacionamentos. Afinal de contas, o que é mais
importante para você? “Ter razão ou ser feliz”?
SP 23/01/15
Augusto
Amaral Dutra.
Psicólogo
Clínico. Fone (11) 9 9933 5486
e-mail:
augustodutra@terra.com.br
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