sexta-feira, 24 de julho de 2015

Orgulho, o veneno que consome.

Orgulho, o veneno que consome.
Alguns sentimentos que temos estão tão presentes e consolidados na nossa maneira de ser que nem nos damos conta de quando ele está atuando. O Orgulho é, sem sombra de dúvidas, um destes sentimentos que sem perceber ele nos deixa cegos, paralisa e ao mesmo tempo nos transforma em pessoas duras e intransigentes, nos fazendo inflexíveis na maneira de ser e se portar.
Esta imperfeição nos faz agir de forma natural e inconsciente, defendendo nossos interesses e verdades sem nos preocuparmos com resultados e consequências. Desta forma, a certeza de que estamos certos é tamanha que nem nos damos o trabalho de refletir para saber se a questão pode ou não ser tratada de forma diferente.
Acontece que este comportamento afeta não somente a você, mas influi principalmente nas relações que mantém com os que estão a sua volta.  Observe que este seu jeito de ser afasta de você as pessoas que não partilham do seu sentimento e também daqueles que como você, tem questões a serem revistas, mas que por falta de maturidade ainda não conseguem. Neste “cabo de guerra” onde ninguém quer ceder só existe um vencedor: A desarmonia.
Será que você tem autoridade suficiente para se considerar superior nesta maneira de ver e se relacionar? Não existiria aí um espaço para uma reconsideração, levando-se em conta que todos nós, sem exceção, temos imperfeições a serem trabalhadas?
Se você é daqueles que também é intolerante e “não dá o braço a torcer”, reflita sobre os resultados destas atitudes e veja o quanto se prejudica agindo desta forma. Quantas amizades destruídas, famílias vivendo em conflito e ainda outros desentendimentos, pois o orgulho impera impedindo que haja qualquer tipo de reflexão contraria.
E como alterar isso, como passar a ter sentimentos diferentes?
Um passo importante é ter disposição para mudar e humildade suficientes para entender que todos nós temos dificuldades que precisam ser relevadas.
Questione a si mesmo para saber se está agindo de forma correta e para isso tente se colocar no lugar do outro, e de maneira fria e sincera analise como você se comportaria se o fato estivesse ocorrendo com você.
Muito provável que diante deste questionamento você ainda vai encontrar uma infinidade de desculpas para se justificar e que todas elas seriam mais do que plausíveis e justas. Mas será que o outro também não teria este mesmo direito?
Reflita sobre isso e veja que ser flexível em algumas questões não lhe diminui o caráter, muito menos lhe tira a razão, mas o torna tão humano e nobre a ponto de causar a derrota da desarmonia. (aquela que saiu vencedora no terceiro parágrafo)
Benefícios? São inúmeros, a começar pelo fortalecimento da união, o entendimento e acima de tudo aprimorando seus relacionamentos. Afinal de contas, o que é mais importante para você? “Ter razão ou ser feliz”?
SP 23/01/15
Augusto Amaral Dutra.
Psicólogo Clínico. Fone (11) 9 9933 5486

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