Qual a melhor
maneira de se tomar uma decisão? Utilizar-se da razão, onde por princípio
recorremos a um pensamento lógico sobre o fato, ou optar pela emoção, deixando
aflorar um sentimento que pode ser misto de compreensão, solidariedade ou até
mesmo pena?
Às vezes você é
obrigado a decidir sobre uma determinada situação, porém fica em dúvida ou até
mesmo incomodado sobre a forma ideal. Neste momento você quer tomar uma decisão
que não comprometa o resultado, não prejudique nenhum dos envolvidos e ainda
não deixe um sentimento de que poderia ser diferente, isto é, sem
arrependimentos.
Se decidir pela
razão, em alguns casos, você pode até achar que está sendo duro e inflexível,
pois existe o risco de pensar que a decisão poderia ser outra e que apesar da
situação, todos mereceriam uma segunda chance.
Se a opção for pela
emoção, da mesma forma, pode lhe pairar dúvidas sobre o grau de tolerância em
relação ao caso, ou até mesmo da sua falta de coragem em decidir de forma mais
incisiva.
Mas pergunto: será
que existe uma maneira única de decidir? Um modelo a ser usado, ou até mesmo
uma regra para esta ou aquela ocorrência? Acredito que não, pois para cada situação ou
fato, agir de modo racional ou emocional pode nos levar a resultados diferentes
daquilo que esperamos. Em principio é necessário cuidado ao analisar o
ocorrido, verificando com clareza e discernimento o contexto da situação e as
possíveis consequências da decisão a ser tomada, seja por uma ou outra escolha.
Considere que,
independente do modelo a ser escolhido, o resultado final tem que ir de
encontro ao que se espera em termos de solução e correção do possível problema.
Permitindo ainda um aprendizado aos envolvidos para que o fato não volte a se
repetir, levando-se em consideração a utilização de um senso comum de justiça e
compreensão.
Observe que em
alguns casos, é possível perceber com clareza que a lição foi aprendida
indicando que o erro não voltará a ser repetido permitindo assim, agir com mais
tolerância e compreensão. Já em outras situações, em faltas mais resistentes ou
até mesmo repetitivas, o resultado pode ser mais efetivo e a lição mais bem
assimilada quando avaliada com rigor, pois provavelmente a tolerância e a
compreensão já foram consumidas em fatos anteriores.
Logo, antes de
optar por uma ou outra forma, procure examinar com clareza os fatos, as
consequências e os resultados de cada atitude. Seja integro e correto nesta
avaliação e considere que o resultado final deve conter sempre a melhor solução
para todos os envolvidos, mesmo que para alguns seja somente uma lição
aprendida, o que já é uma grande conquista.
SP 27/05/15
Augusto
Amaral Dutra.
Psicólogo
Clínico. Fone (11) 9 9933 5486
e-mail:
augustodutra@terra.com.br
facebook
: Augusto Amaral Dutra
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