sexta-feira, 15 de maio de 2015

Faz o que eu mando. . . Ainda funciona?

Faz o que eu mando. . . Ainda funciona?
Alguns de nós fomos criados em uma época onde os pais tinham por principio educar seus filhos com atitudes bastante rígidas e inflexíveis, motivados principalmente pela cultura e educação que receberam.
Naqueles tempos a palavra ou até mesmo um gesto tinham forças e poder de autoridade. Bastava um sinal, um olhar dos pais e prontamente entendia-se o recado e ninguém se atrevia a contestar. Tentava-se, naquela época, passar uma educação, uma moral e um jeito de ser, sustentada por uma autoridade baseada exclusivamente no respeito à pessoa mais velha e por que não dizer, em alguns momentos, pelo medo.
Mas como nesta vida nada é estático e tudo está em constante transformação, às relações entre os seres humanos também se alteraram e hoje este modelo autoritário de exercer a educação não mais funciona, não tem a mesma ressonância que tinha antigamente.
Hoje nossas crianças e jovens vivem outros momentos. São mais questionadoras e pró-ativas, sabem o que querem e não aceitam argumentos que não tenham consistência e principalmente reciprocidade. Portanto, aquela velha máxima do “faz o que eu mando, mas não faz o que eu faço”, que no passado podia até funcionar, hoje não tem o mesmo apelo.
Nos dias atuais é importante dar o exemplo daquilo que se fala e ensina, é preciso praticar. Se você quer que seu filho ou outra pessoa qualquer tenha determinado tipo de comportamento ou atitude, prepare-se para primeiramente mostrar como se faz. Este modelo de ensinar é muito sutil, pois nossas crianças estão a todo instante acompanhando nossos movimentos e assimilando um jeito de ser. Nem é preciso estabelecer os momentos de educar, pois a qualquer contato ou oportunidade elas estão atentas, observando e aprendendo.
Preste atenção ao seu jeito de viver, na forma como cumprimenta as pessoas e se relaciona com elas, na sua cordialidade, no atravessar a rua utilizando-se da faixa de pedestres e também quando tem a oportunidade de devolver um troco que recebeu a maior. Cuidado com suas escolhas e hábitos, com seus vícios, álcool, fumo e gula, passando ainda pelas mais diversas compulsões, pois são grandes as possibilidades de serem aprendidas e repetidas.
São inúmeras as situações que, em principio pode parecer corriqueiro, mas são elas que contribuem para a formação da moral e caráter daqueles que estão sob nossa guarda e responsabilidade.
Portanto, seja mais cuidadoso com aquilo que pensa, fala e pratica, pois não podem destoar do seu jeito de ser e principalmente de como quer que seus filhos sejam.

SP 15/05/15


Augusto Amaral Dutra.
Psicólogo Clínico. Fone (11) 9 9933 5486
facebook : Augusto Amaral Dutra

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