Faz o que eu mando.
. . Ainda funciona?
Alguns de nós fomos criados em uma época onde os pais
tinham por principio educar seus filhos com atitudes bastante rígidas e
inflexíveis, motivados principalmente pela cultura e educação que receberam.
Naqueles tempos a palavra ou até mesmo um gesto tinham
forças e poder de autoridade. Bastava um sinal, um olhar dos pais e prontamente
entendia-se o recado e ninguém se atrevia a contestar. Tentava-se, naquela
época, passar uma educação, uma moral e um jeito de ser, sustentada por uma
autoridade baseada exclusivamente no respeito à pessoa mais velha e por que não
dizer, em alguns momentos, pelo medo.
Mas como nesta vida nada é estático e tudo está em
constante transformação, às relações entre os seres humanos também se alteraram
e hoje este modelo autoritário de exercer a educação não mais funciona, não tem
a mesma ressonância que tinha antigamente.
Hoje nossas crianças e jovens vivem outros momentos. São
mais questionadoras e pró-ativas, sabem o que querem e não aceitam argumentos
que não tenham consistência e principalmente reciprocidade. Portanto, aquela
velha máxima do “faz o que eu mando, mas não faz o que eu faço”, que no passado
podia até funcionar, hoje não tem o mesmo apelo.
Nos dias atuais é importante dar o exemplo daquilo que se fala
e ensina, é preciso praticar. Se você quer que seu filho ou outra pessoa
qualquer tenha determinado tipo de comportamento ou atitude, prepare-se para
primeiramente mostrar como se faz. Este modelo de ensinar é muito sutil, pois
nossas crianças estão a todo instante acompanhando nossos movimentos e
assimilando um jeito de ser. Nem é preciso estabelecer os momentos de educar,
pois a qualquer contato ou oportunidade elas estão atentas, observando e
aprendendo.
Preste atenção ao seu jeito de viver, na forma como
cumprimenta as pessoas e se relaciona com elas, na sua cordialidade, no
atravessar a rua utilizando-se da faixa de pedestres e também quando tem a
oportunidade de devolver um troco que recebeu a maior. Cuidado com suas escolhas
e hábitos, com seus vícios, álcool, fumo e gula, passando ainda pelas mais
diversas compulsões, pois são grandes as possibilidades de serem aprendidas e
repetidas.
São inúmeras as situações que, em principio pode parecer corriqueiro,
mas são elas que contribuem para a formação da moral e caráter daqueles que
estão sob nossa guarda e responsabilidade.
Portanto, seja mais cuidadoso com aquilo que pensa, fala e
pratica, pois não podem destoar do seu jeito de ser e principalmente de como
quer que seus filhos sejam.
SP 15/05/15
Augusto Amaral
Dutra.
Psicólogo Clínico.
Fone (11) 9 9933 5486
e-mail: augustodutra@terra.com.br
facebook : Augusto
Amaral Dutra
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