segunda-feira, 25 de abril de 2016

Como "castigar" filhos desobedientes.

Chocado com o título ou interessado em aprender novas técnicas? Seja qual for sua escolha, fique atento, pois a vida e os costumes transformam-se a todo instante e até mesmo a forma de educar e orientar nossos filhos deve acompanhar este novo tempo.
Antigamente, exigia-se e impunha um comportamento aos jovens baseado única e exclusivamente na força da ordem, motivado por um jeito de ser aprendido com pais ou avós. A persuasão era exercida pelo poder da ascendência, que sempre prevalecia e nenhuma criança atrevia-se a questionar. Quando não obedecia, corria o risco de ficar com o corpo, marcado e coberto de hematomas, pois, naquela época, apanhava-se até mesmo com varas, cintas, chinelos ou outros recursos violentos.
Hoje os tempos são outros e tudo mudou. Nossos jovens já não são tão acomodados a ponto de continuar aceitando passivamente este jeito de receber educação. Atualmente, são muito mais ativos, sentem-se donos de si, aparentam uma autonomia maior e, desta forma, exigem a reciprocidade e o respeito dos pais quanto a estes sentimentos.
Para educá-los, não basta somente dizer “faça isso” ou “faça aquilo”, “comporte-se desta ou daquela forma”. É preciso ser convincente. E a única maneira de se dizer isso é sendo claro e coerente sobre o que deseja, sobre as razões do que se pede, e, acima de tudo, sendo capaz de praticar. O exemplo vale mais do que palavras.
Porém, quando os filhos cometem deslizes ou qualquer ato inconveniente, a repreensão também faz parte dos ensinamentos. Deixe uma criança fazer o que quer, sem ser censurada, e estará criando um ser incontrolável, abusivo e mal educado.
Em alguns casos, é necessária uma punição que seja marcante e decisiva. Contudo, existem castigos que punem, mas não surtem efeito; e outros que, por mais leves que pareçam, são mais eficientes.
O que torna um castigo eficaz é a sua coerência e agilidade na aplicação, podendo até privar o jovem de algo que para ele é bastante significativo. Portanto, se julgar necessário fazer uma punição, seguem aí algumas dicas:
·        Seja breve quando for chamar a atenção. Crianças não têm muita paciência para ouvir sermões. Logo, seja objetivo e prático, e procure passar sua mensagem em no máximo 45 segundos. Se gastar mais tempo do que isso, corre o risco de se tornar cansativo, irritante e não provocar o efeito desejado.

·        Privação - Privá-lo de algo pode ajudar, mas tem que ser alguma coisa que realmente goste e faça diferença em sua vida, por exemplo: Algumas horas sem televisão, não usar vídeo game, não jogar bola naquele dia, não brincar por um período, etc. São privações que marcam pela importância que tem para a criança.

·        Mantenha o controle - Nunca grite nem perca o controle emocional. Estas atitudes irritam e podem se tornar hilárias, perdendo a validade e o efeito do que se quer, além de serem desgastantes para todos.

·        Aproveite o momento - Seja ágil e promova o castigo ou advertência o mais rápido possível. Quanto mais tempo passar entre o castigo e a falta, menos eficaz ele será.

Seja qual for o modelo escolhido, nunca se esqueça de que seu propósito maior é promover a educação e nunca o castigo ou punição, e que independentemente da atitude a ser tomada, coloque sempre uma elevada dose de carinho e amor.
Algumas crianças apresentam comportamentos teimosos e antissociais com frequência, e por mais que sejam castigadas, parece que nada surte efeito. Nestes casos, é importante tentar compreender qual o sentido desta rebeldia. Muito provavelmente, esta criança pode estar sentindo falta da atenção dos pais, de carinho ou outra coisa qualquer. Você pode não acreditar, mas esta é uma das principais causas da rebeldia promovida por crianças e jovens.
Fique atento à sua responsabilidade diante da educação dos seus filhos. Quanto mais presente estiver, menos chance tem de se arrepender depois. Nunca perca a oportunidade de educar e sempre que se deparar com seu filho cometendo qualquer ato inconveniente, aproveite o momento para ensina-lo.
Não existe técnica única que possa ser aplicada de forma generalizada, pois cada criança, cada jovem, reage de determinada forma diante de uma situação. Entretanto, uma ação é imprescindível: o exemplo. Faça, haja e comporte-se como gostaria que seu filho atuasse. È pela observação que ele aprende e reproduz atitudes. E, quando tiver que repreendê-lo, faça-o sempre com amor. Assim, você continuará sendo a referencia positiva para aquilo que quer.
SP 25/04/2016

Augusto Amaral Dutra.
Psicólogo Clínico – CRP 06-125634 /  Fone (11) 9 9933 5486
skype: Augusto Amaral Dutra




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